tag:blogger.com,1999:blog-10362072724887707092024-03-16T15:19:47.347-03:00Carmem DalidaCarmem Dalida: Filosofia, artes e cultura geral.Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comBlogger68125tag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-43295333876773190062024-03-04T09:43:00.007-03:002024-03-04T09:43:56.387-03:00"Bésame" (Canelita) - Improviso no Mercado Místico (03/03/2024)<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Minha apresentação solo no Mercado Místico do dia 03/03.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Música: "Bésame" (Canelita).</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Coreografia: Carmem Dalida (improviso).<span><a name='more'></a></span></div><p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">A cada oportunidade que a dança oferece, agarro-a com todas as forças... Os movimentos são bálsamos para meu corpo e minha mente. Sinto-me mais forte e renovada através da música que me envolve e sei que minha arte não é em vão. </span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Gratidão à minha amada amiga e irmã de alma, professora e madrinha artística Lady Agatha, por todo apoio, amizade e cumplicidade. Gratidão também às amigas Lilihka, Paula Souza e Lumena Santos pelo carinho e pelos sorrisos que dizem tanto. Gratidão à pequena grande Leandra Melo, que tem me acolhido com tanta ternura.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/-6sGIcJ1jhg?si=2HCCnqJLtW0gXYuP" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-79135002407423241342023-12-19T16:36:00.003-03:002023-12-19T16:38:23.505-03:00Homenagem à cantora Gal Costa. <p> Minha pequena homenagem à eterna Gal Costa:<span></span></p><a name='more'></a><span><br /></span><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkA3nL0-fej5ZxF7igyDp4UHf_pO6pNC9x1vvAnth4xNznmsL44spyDRjeZjEIY7uxUMPnzYBSRSmmKB3y1eqKmlZpQej6UtyABPI2s72Igrp_Mvv87wojTgRS97Vu6VQzWt6X5Hzly1bEIQFpwtpR-sVNLDu_sJpxCk4ABakpV5_hcelnsEGFitdSTQ/s4080/20231219_143510.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4080" data-original-width="3060" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkA3nL0-fej5ZxF7igyDp4UHf_pO6pNC9x1vvAnth4xNznmsL44spyDRjeZjEIY7uxUMPnzYBSRSmmKB3y1eqKmlZpQej6UtyABPI2s72Igrp_Mvv87wojTgRS97Vu6VQzWt6X5Hzly1bEIQFpwtpR-sVNLDu_sJpxCk4ABakpV5_hcelnsEGFitdSTQ/s320/20231219_143510.jpg" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Carmem Dalida 🌹 </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com </a></div><br /><span><br /></span><p></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-38700702213917714022023-10-19T18:27:00.002-03:002023-10-20T10:24:31.044-03:00 Sophia Loren e Dalida: Uma breve reflexão sobre padrões. <p><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;">É praxe observarmos alguém por sua beleza, já que somos seres que têm o visual como principal referência. Daí vêm os julgamentos estéticos - eu, como filósofa, obviamente estudei este assunto, o que não me desvia das vulgares concepções sobre o belo, já que, antes de qualquer formação acadêmica, sou um ser humano sujeito a preconceitos. Pensando nisso, trouxe o tema para algo bem presente em nossa realidade: os padrões de beleza. Para isso, inspirei-me em dois ícones mundiais, duas mulheres consideradas lindíssimas: Sophia Loren e Dalida.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIqtRJxrdhLnVvh7lHiMgh-UC3GjYSOz99-Aja3HmssU4V2J7e5y8w0gABc2wii2NyKx-7ZnfIZ0ezaV5uBuY9GC8AXFWHCadRqr0rUe8eGyHQgcCCN0-ZJaK8i33o7QArrCjom05VSSCm5gtuFhUwIkpxB7A-sr9r4GM7D73hqNyOOrykPNJ3dTfjxA/s746/IMG-20211225-WA0040.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIqtRJxrdhLnVvh7lHiMgh-UC3GjYSOz99-Aja3HmssU4V2J7e5y8w0gABc2wii2NyKx-7ZnfIZ0ezaV5uBuY9GC8AXFWHCadRqr0rUe8eGyHQgcCCN0-ZJaK8i33o7QArrCjom05VSSCm5gtuFhUwIkpxB7A-sr9r4GM7D73hqNyOOrykPNJ3dTfjxA/s320/IMG-20211225-WA0040.jpg" width="309" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Dalida e Sophia Loren<br />Imagem de imgrum.net</span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></span><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;">Não é novidade que a sociedade (em qualquer época e lugar) dita padrões de beleza. No entanto, se observarmos mais de perto, raciocinando, levantando o véu dos "sentidos enganadores" (ah, Descartes!!), veremos que mesmo o que se encaixa em determinado padrão tem seus desvios.</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">A foto acima mostra o encontro entre minhas duas maiores musas: Sophia Loren e Dalida. Ambas, além de talentosíssimas, lindas, modelos de beleza até hoje (Dalida escolheu partir em 1987, mas segue presente nas melodias da vida), tinham características que também as desviavam da "linha reta" dos padrões... Mas, como? Alguém com "defeitos" não pode ser bela... Será? E o que são "defeitos"?</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Sofia Villani Scicolone, desde pequena, era franzina, abatida, olhos muito grandes e nariz proeminente. Quando começou a carreira de atriz, ouviu que ficaria "horrível" na tela do cinema - "Onde já se viu um nariz assim? Ocuparia a tela inteira! E esses olhos enormes? Que feia!".</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Iolanda Cristina Gigliotti, ainda bebê, teve uma doença nos olhos que lhe causou o estrabismo que a acompanhou por toda a vida. Quando criança, precisou usar óculos com lentes muito grossas e, por causa disso, sofria bullying. Seu nariz, para os padrões atuais, também seria considerado "grande".</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Sofia se tornou Sophia. Sophia Loren. Uma das mais belas e talentosas atrizes do cinema mundial. A primeira estrangeira a receber o Oscar.</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Iolanda foi Miss Egito em 1954. Tornou-se Dalida: cantora, modelo, atriz, dançarina. Uma das mais belas e talentosas cantoras do mundo - poliglota, cantava em mais de 10 idiomas. A primeira artista a receber o disco de diamante, que foi criado especialmente para ela. Também brilhou no cinema, assim como Sophia.</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Dalida era bela. Sophia é linda. Não há ou havia defeito algum em nenhuma delas. Se alguém, um dia, notou algum detalhe que desmerecesse a beleza de uma ou de outra, podemos concluir que não houve, de fato, uma correta apreciação estética, já que o todo das "obras" não foi considerado - tampouco as emoções produzidas por elas e muito menos a capacidade de interpretação de ambas. Assim é com todos, tornem-se famosos ou não. Tanto o "belo" como o "feio" são ideias que obedecem a certos critérios que os indivíduos vulgares não raciocinam (ao menos, conscientemente) antes que façam qualquer julgamento. Alguém que trabalha com a arte, por outro lado, deve ter, pelo menos, algum conhecimento sobre isso, além de uma sensibilidade especial para lançar um olhar a um artista, antes de descartá-lo e chamá-lo de "feio" - além, é claro (e o principal), depois de avaliar seu desempenho, sua arte, que também fazem parte do conjunto a ser analisado quando se fala em "Estética". </span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222;">Será que estas pessoas que se acham no direito de fazer julgamentos estéticos já leram algo sobre este assunto - Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant...? É uma bela questão a ser feita. Eu mesma já fui considerada "feia"... No entanto, minhas musas me inspiram e me auxiliam no empoderamento que elas mesmas, um dia, necessitaram tanto. Hoje sei que a beleza é um conjunto que não está ao alcance de todos - somente dos verdadeiros apreciadores da arte, que se dedicam, de fato, a observar, estudar e admirar o belo para além das aparências vulgares.</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><br style="background-color: white; color: #222222;" /><span style="background-color: white; color: #222222;">Carmem Dalida</span><br style="background-color: white; color: #222222;" /><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://culturofagicamente.blogspot.com&source=gmail&ust=1697835201216000&usg=AOvVaw1JyJn7jMtOd9smGVYAQzyU" href="http://culturofagicamente.blogspot.com/" rel="noreferrer" style="background-color: white; color: #1155cc;" target="_blank">http://culturofagicamente.<wbr></wbr>blogspot.com</a><br style="background-color: white; color: #222222;" /></span><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Conheçam também meu blog dedicado à atriz Sophia Loren:</span></div><div><a href="http://sophiaierioggidomani.blogspot.com" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">http://sophiaierioggidomani.blogspot.com</span></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-align: justify; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?</b></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></b></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-80840128737348811132023-09-12T18:42:00.006-03:002023-09-12T18:42:48.575-03:00"Burn it Blue" no Mercado Místico (10/09/2023)<p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">Apresentação no Mercado Místico, Club Homs, Avenida Paulista, São Paulo. </span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Dança Cigana por Carmem Dalida. </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Música: "Burn it Blue", de Elliot Goldenthal e Julie Taymor.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Intérpretes: Caetano Veloso e Lila Downs.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Coreografia: Carmem Dalida <span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TetW0A0f2TQ?si=D8pR3j1pXWwJZZPp" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Carmem Dalida</div><div style="text-align: left;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-57064177948813524272023-09-01T20:29:00.006-03:002023-09-01T20:35:47.612-03:00"Burn it Blue": Performance de Carmem Dalida<p>Performance de Dança Cigana por Carmem Dalida (improviso).</p><p>Música: "Burn it Blue", de Elliot Gondenthal e Julie Taymor, interpretada por Caetano Veloso e Lila Downs.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/l6FJhsa8ZqY?si=Tp2UnJbs2gf9kcgG" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b>Carmem Dalida</b></div><div style="text-align: left;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-14123067165433022012023-07-13T18:56:00.001-03:002023-07-13T18:57:19.768-03:00"Gitana, Gitana", de Charles Aznavour<p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">Esta performance representa um marco em minha vida...<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Quero agradecer, em primeiro lugar, à minha irmãzinha de alma e professora, Lady Agatha, que me apoia e me orienta sempre na técnica, lembrando-me a todo instante do quanto é importante "dançar minhas verdades". Inclusive, quem filmou, dirigiu e cedeu o espaço para a gravação foi ela, emprestando toda sua luz a este momento. </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Gratidão imensa às minhas amigas da Cia. Lady Agatha, que no final vibraram por mim, aplaudindo minha apresentação e me dando ainda mais forças.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Por fim, agradeço aos meus pais pelo amor e pelo incentivo para que eu trilhe os caminhos ditados por meu coração. </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">E finalmente, a grande novidade: </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Fui aprovada pelo Sinddança (Sindicato dos Profissionais de Dança do Estado de São Paulo) como apta a exercer a profissão de dançarina. Vou adquirir meu DRT (registro profissional)! </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vocês não imaginam o que isso representa para aquela menina que um dia foi arrastada para fora da aula de balé e que chegou a acreditar que jamais conseguiria dançar... </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Por isso, não se entreguem à primeira dificuldade, às respostas negativas, às zombarias de quem não tem sensibilidade. Não deixem de sonhar e de perseguir a concretização de seus anseios! Viver é isso! </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Carmem Dalida 🌹</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Dançarina: Carmem Dalida </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Música: "Gitana, Gitana" (Charles Aznavour)</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Filmagem e direção: Lady Agatha </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Local: Espaço Cultural Lady Agatha</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TUJFtGfKNJQ" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-21524547627025903302023-06-04T17:23:00.002-03:002023-10-20T10:23:49.019-03:00"Les gitans" no Mercado Místico<p> Minha apresentação solo no Mercado Místico, edição de 3 de junho de 2023, realizado no Club Homs, em São Paulo.<span></span></p><a name='more'></a><span>A canção é "Les gitans", de P. Cour e H. Giraud, interpretada pela magnífica e insubstituível Dalida. </span><div>Meu noe artístico, Carmem Dalida, foi-me atribuído no ano passado, durante uma apresentação com esta mesma música. Quem o escolheu foi minha amiga-irmã e professora Lady Agatha, que dividiu o palco comigo naquela ocasião e sabe, há muito tempo, de minha admiração por esta cantora que deixou um legado incrível. Desde então, este é meu tema principal, a canção que mais me toca durante a dança.<br /><p></p><p><br /></p>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3F6Q6PNcWLU" title="YouTube video player" width="560"></iframe><div><br /></div><div><b>Carmem Dalida</b></div><div><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-align: justify; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?</b></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></b></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-45948204479821011892023-03-14T17:41:00.000-03:002023-03-14T17:41:00.339-03:00Chico Buarque e a "gota d'água" de cada dia<p> Um desenho a lápis em um papel amarelado pelo tempo pode revelar muito mais do que imaginamos...<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>No dia das crianças de 1999, eu tinha 14 anos e era fã do Chico Buarque. Naquela época, tinha hiperfoco em suas letras, sobretudo aquelas relacionadas à política. A menção feita na parte inferior do desenho é de "Gota d'água", canção de um famoso musical homônimo de 1975, de autoria do próprio Chico e de Paulo Pontes. </p><p>Entretanto, tomada isoladamente e descontextualizada, poderia ser um desabafo de alguém que acabava de sair da infância e não se sentia encaixada entre seus pares... Alguém que sempre usou e abusou do masking (mascaramento social) para tentar fazer parte de grupos que não a queriam. </p><p>Da data deste desenho para cá, muita coisa aconteceu, várias "gotas d'água" caíram e a metáfora foi cada vez melhor compreendida. Por mais que as mágoas pareçam grandes demais e pensemos que é insuportável, sempre há forças para recomeçar... Por outro lado, é bom deixar o "pote transbordar" às vezes, ou seja, permitir-se exceder e até gritar: "não dá mais!". É assim que evoluímos e não permanecemos apáticos, inertes e passivos. Sempre "pode ser a gota d'água". E se ela vier, que transborde!</p><p><br /></p><p><b>Carmem Dalida </b></p><p>(Carmem Toledo)</p><p><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a> </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5xOuG7O5r5IWs2lmseqaLBCUZROjTI7QypLzkRkQZsH0D9WzOfjd_VS9AGrXA3sZBfvOAWKAQJMkvJQ78zHAxjSW-6wACBCRJ2wq9xPdPAITNCd4rmvY0MVV-98EY5_cZclPkMPti0ggbWgUTxFwhnKk5coJDFPAzVmXwVE-sJDT_CVb0otk4GX8/s645/1674609837170.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="645" data-original-width="516" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5xOuG7O5r5IWs2lmseqaLBCUZROjTI7QypLzkRkQZsH0D9WzOfjd_VS9AGrXA3sZBfvOAWKAQJMkvJQ78zHAxjSW-6wACBCRJ2wq9xPdPAITNCd4rmvY0MVV-98EY5_cZclPkMPti0ggbWgUTxFwhnKk5coJDFPAzVmXwVE-sJDT_CVb0otk4GX8/w320-h400/1674609837170.jpg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-69082268891030426032022-12-03T16:15:00.002-03:002022-12-07T15:56:13.175-03:00"Linda Flor (Ai, Yoyô)"<p> "Linda Flor (Ai, Yoyô)", de Henrique Vogeler, Luiz Peixoto e Marques Porto, foi um sucesso na voz de Aracy Côrtes em 1928. Hoje, trago uma versão interpretada por mim e pela talentosa Mônica Cestari.</p><span><a name='more'></a></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwjTPf_2pU8lWjcn0vQ63zspGgJZ7paKzPBcX9FgCUP49Q_Eo8KyqJ8hntSV9IzBK8A16_JI_CSdUcJmqTG1w' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p><br /></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-2029658469504858052022-11-04T14:51:00.004-03:002022-11-04T14:51:56.758-03:00Homenagem à cantora Maysa<p> Minha singela homenagem a Maysa Monjardim Matarazzo, grande intérprete brasileira. <span><br /><br /></span><span></span></p><a name='more'></a><p></p><p><span><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcW5FLjpYoE8-bO3VtQWMWhv9JjmLTb48j5GiAqaDUR_wYsDIcRQLJF4iSCIdoW23jRjfWfXBi0uw-8FgWAohX8vKRwQod-u5oKxhHBU35Hs3XKvaQzDLTgJ8shxDrcT2kATFst2dca4MsHluIpPX6_G26thQ5VMKXhl-Ga05_NWxj1xtXBMORnC8/s4096/20221104_144449.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4096" data-original-width="3072" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcW5FLjpYoE8-bO3VtQWMWhv9JjmLTb48j5GiAqaDUR_wYsDIcRQLJF4iSCIdoW23jRjfWfXBi0uw-8FgWAohX8vKRwQod-u5oKxhHBU35Hs3XKvaQzDLTgJ8shxDrcT2kATFst2dca4MsHluIpPX6_G26thQ5VMKXhl-Ga05_NWxj1xtXBMORnC8/w300-h400/20221104_144449.jpg" width="300" /></a></div><br /><span><br /></span><p></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-23364127900240178802022-09-12T12:22:00.002-03:002022-09-13T11:13:12.629-03:00"Les gitans": Uma homenagem à eterna Dalida, por Lady Agatha e Carmem Dalida*<p>Neste vídeo, a professora de Danças Ciganas Lady Agatha e eu apresentamos uma performance da canção "Les gitans", de P. Cour e H. Giraud, gravada por Dalida em 1958. A apresentação se deu durante a última edição do Mercado Místico, realizado no Club Homs, em São Paulo, no dia 11 de setembro de 2022.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>Ontem foi um dia muito especial para mim, não apenas por ter sido minha estreia no palco do Club Homs, mas principalmente pela energia de uma apresentação marcada pelo incentivo da querida amiga e professora Lady Agatha, que me deu força o tempo todo, mostrando-me que eu era capaz. </p><p>Gratidão imensa, Agatha querida, por esta performance abençoada por nossa musa Dalida e pelo "batismo": agora, meu novo nome artístico na dança é "Carmem Dalida" e você, além de amiga, irmã de coração e professora, é também minha madrinha!</p><p>Que venham muitas outras parcerias! </p><div><b>Carmem Toledo </b></div><div><span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a> </span></div><div><span><br /></span></div><div><span><br /></span></div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VL2lfO8k9As" title="YouTube video player" width="560"></iframe><div><br /></div><div><div><br /></div><div><br /></div><div><span><div><b style="text-align: justify;"><br /></b></div><div><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;"><b><br /></b></span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;"><b>Vejam mais em:</b> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="text-align: justify;" target="_blank">Tributo a Dalida</a></span></div><div><br /></div><div><b>Confiram também:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora Dalida: <a href="https://dalida.com/" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div style="text-align: left;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></span></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-73868885270113436122022-03-05T10:25:00.006-03:002022-08-26T12:29:04.687-03:00Tributo à cantora Dalida: À ma manière<p> Neste vídeo, declamo minha tradução da canção "À ma manière", de P. Sevran, S. Lebel e D. Juster, gravada por Dalida em 1980.<span></span></p><a name='more'></a><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nQ2pzDJ-FfY" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br /></p><p><br /></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-align: justify; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?</b></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></b></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></div><p><br /></p> <script async="" src="//www.instagram.com/embed.js"></script><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-73245441776985932482022-01-28T10:33:00.001-03:002022-01-28T10:34:22.887-03:00Homenagem ao neurologista Oliver Sacks<p><span> </span>Minha homenagem ao grande neurologista Oliver Sacks (1933 - 2015), autor de importantes livros, como "Enxaqueca", "Tempo de Despertar", "Um Antropólogo em Marte", "O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu", entre muitos outros títulos. </p><span><a name='more'></a></span><span> </span>Dono de uma retórica invejável, Oliver Sacks conquista o leitor com seu talento impressionante para unir a Ciência às Artes, à Literatura e outras áreas do saber. Recomendo algumas de suas obras na seção de indicações bibliográficas do blog http://vozneurodiversa.blogspot.com.<br /><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQ2S2sJ1BCmW2PTURbPUxXT_VjLa9qf15AtsK2hkCgbVomsxjNdAKvcrXAKLOs2biKMWkHVl-zzvqX2214ys3F8v-d_r8868xZ7PGuGmqtdSf4L7Q_sywbKTnNk8xmFcFAzL69Zm1vbROZjqxVFeiOA9_9rqUEsnzYkBo-GqK5ML_UMZ9qDOn52Oo=s3400" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3400" data-original-width="2428" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQ2S2sJ1BCmW2PTURbPUxXT_VjLa9qf15AtsK2hkCgbVomsxjNdAKvcrXAKLOs2biKMWkHVl-zzvqX2214ys3F8v-d_r8868xZ7PGuGmqtdSf4L7Q_sywbKTnNk8xmFcFAzL69Zm1vbROZjqxVFeiOA9_9rqUEsnzYkBo-GqK5ML_UMZ9qDOn52Oo=w286-h400" width="286" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Oliver Sacks, por Carmem Toledo.</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><br />Carmem Toledo<br /><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a><br /><a href="http://vozneurodiversa.blogspot.com" target="_blank">http://vozneurodiversa.blogspot.com</a><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-83951083658679829142021-12-11T09:33:00.003-03:002022-08-26T12:26:49.820-03:00Homenagem a Luigi Tenco e Dalida: "Vedrai Vedrai"<p> </p><p>Uma de minhas canções favoritas de Luigi Tenco é "Vedrai Vedrai", lançada em 1965 na voz do cantor e compositor e em 1979 por Dalida, que foi sua namorada. </p><p>A triste história envolvendo ambos - a tragédia do Festival de San Remo de 1967 - pode ser conhecida nesta postagem especial: <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html</a></p><p>A seguir, vocês podem assistir à minha interpretação da canção:</p><span><a name='more'></a></span><p><br /><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1Oa0v311yo8" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><br /></p><p><br /></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-align: justify; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?</b></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></b></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><p style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-55534418017180267862021-11-30T10:55:00.003-03:002021-11-30T10:57:17.853-03:00Desenho: Homenagem à atriz Dercy Gonçalves<p> </p><p><span> Uma homenagem à atriz Dercy Gonçalves (Dolores Gonçalves Costa, 1907 - 2008), importante nome de nosso teatro de revista, cinema e televisão.<span></span></span></p><a name='more'></a><br /><p></p><p><span><br /></span></p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJW6xQF4mhMLrzCMsjSuQLInvwrVahwDUjXE4q_XiNi9MAcamqmwA9HKCK_uhaL3clMHUxZF4A4Dsxg5OlfgkQUl869JKzGMHHp3G-kBnwr9e1lhk-16pRYplYaAn_hovw0S0so6KlkGU/s2048/20211130_104216.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1490" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJW6xQF4mhMLrzCMsjSuQLInvwrVahwDUjXE4q_XiNi9MAcamqmwA9HKCK_uhaL3clMHUxZF4A4Dsxg5OlfgkQUl869JKzGMHHp3G-kBnwr9e1lhk-16pRYplYaAn_hovw0S0so6KlkGU/w291-h400/20211130_104216.jpg" width="291" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Dercy Gonçalves.<br />Desenho feito a lápis por Carmem Toledo.</span></td></tr></tbody></table><br /><span><br /></span><p></p><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-60248088958733759152021-11-07T16:31:00.007-03:002022-05-16T00:53:03.125-03:00Tributo à cantora Dalida: "Comme disait Mistinguett"<p></p><div style="text-align: justify;"><span> </span>Nesta postagem da série especial <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a>, brindo os leitores com a participação de um convidado muito querido: o pesquisador musical, historiador, jornalista e ator <a href="https://www.marcelobonavides.com/" target="_blank">Marcelo Bonavides de Castro</a>. Suas pesquisas - realizadas desde os 13 anos de idade - concentram-se no Teatro de Revista Brasileiro e na Música Popular Brasileira, nos períodos de 1859 à década de 1940.</div> <span><div style="text-align: justify;"> Dalida, apesar de ser franco-egípcia, descendente de italianos e posterior a esta fase (pois sua carreira se estendeu de 1954, quando foi Miss Egito, a 1987), traz muitas referências em suas performances e é justamente por esta riqueza cultural que resolvi convidar Marcelo a escrever comigo este artigo. Nós analisamos a letra de "Comme disait Mistinguett", uma canção composta por Pierre Delanoë, Pascal Sevran e Jean Jacques Debout em 1979 e interpretada magnificamente pela diva.</div></span><div style="text-align: justify;"> Como a ideia surgiu depois de algumas conversas que tivemos sobre o assunto, achei pertinente oferecer ao leitor um artigo em forma de diálogo. Inicialmente, propus a Marcelo que detalhássemos cada parte da letra, explicando as referências conforme elas surgissem. Pensando nisso, em primeiro lugar, realizei a tradução e a dividi, para que, então, discutíssemos os pormenores. Confiram o resultado:</div> <p></p><span><a name='more'></a></span><p style="text-align: justify;"><span> </span> A começar pelo título, "Comme disait Mistinguett", a referência maior se apresenta na frase "Como dizia Mistinguett". Trata-se de uma alusão à mais famosa vedete de todos os tempos, a francesa Jeanne Bourgeois, conhecida pelo nome artístico Mistinguett. Além do talento e imenso carisma, ela é lembrada até hoje por ter as mais belas pernas do mundo, que foram, inclusive, resguardadas por uma apólice milionária. A partir destas informações, pergunto a Marcelo:</p><div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div><span style="color: #990000;"><span><b><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJzmvW-Ir_hqGLQZNQ76LFU3BoAYBeZ4tL7W0Fwocdu_ZqE-_jYA5AA9aL0Fo471SSmoxJEsuPRc7lt7QfhGhW-sJgm2IyO7bo0CgtSlUhNXFDy2mo8_05BqXrQHzEIxfNulz3Y9y_Eu4/s599/Mistinguett_Moulin_Rouge.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="466" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJzmvW-Ir_hqGLQZNQ76LFU3BoAYBeZ4tL7W0Fwocdu_ZqE-_jYA5AA9aL0Fo471SSmoxJEsuPRc7lt7QfhGhW-sJgm2IyO7bo0CgtSlUhNXFDy2mo8_05BqXrQHzEIxfNulz3Y9y_Eu4/w156-h200/Mistinguett_Moulin_Rouge.jpg" width="156" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Mistinguett<br />Fonte: https://www.etsy.com/</span></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-family: inherit;">Carmem:</span></b><span style="font-family: inherit;"> - </span></span><span style="font-family: inherit;">Mistinguett permanece como uma referência artística e estética, ultrapassando gerações. Mesmo com as constantes transformações no conceito de beleza (sabendo que a ciência do belo estuda o conhecimento sensível e as expressões artísticas compreendidas em suas relações com contextos sociais e éticos), sua imagem parece transpor os julgamentos estéticos do final do século XIX até hoje. Como você, que conhece a fundo a História do Teatro de Revista e também é um artista, compreende este fato?</span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #800180;"> </span><span style="color: #990000;">Sobre os conceitos de beleza que vigoravam à época de Mistinguett e hoje, como você explicaria o fato de Mistinguett, atualmente, ainda ser uma referência de beleza, sobretudo, no que diz respeito às pernas? Entre os que sabem (mesmo que superficialmente) quem foi Mistinguett, existe um consenso sobre a estética, neste caso. Você concorda com isso? Já ouviu alguma opinião diferente? Para você, por que ela conseguiu ultrapassar a barreira do tempo?</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span> </span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span><b>Marcelo:</b> - </span><span style="background-color: white;">É verdade, Mistinguett ultrapassa gerações, fascinando-as com sua beleza e imagem glamourosa. Ela nasceu na Île-de-France em 05 de abril de 1875. Começou, ainda jovem, a trabalhar como florista, enquanto cantava para os clientes. Iniciou sua carreira artística em 1895, apresentando-se no Cassino de Paris e também no Folies Bergère e no Moulin Rouge. Com sua beleza e sensualidade, logo conquistou muitos fãs em Paris.</span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span> </span>No final da década de 1900, em 1908, ela já aparecia no cinema francês. Alguns de seus filmes eram exibidos no Brasil, como "L´empreinte" (1908), que aqui recebeu o título de "A Mancha de Sangue", anunciado pelos jornais cariocas em 1909, em sessões exibidas no Theatro Lyrico do Rio de Janeiro. Esses filmes, curtas metragens, aumentavam seu prestígio e fama, fazendo com que sua imagem ficasse conhecida.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span> </span>Em 1922, o Rio de Janeiro recebeu a visita da companhia de revistas do teatro Ba-Ta-Clan de Paris, dirigida por Madame Rasimi. No segundo ato do espetáculo Paris Chic, estreado no início de agosto daquele ano, a vedete Nissia fazia uma imitação/paródia de Mistinguett, enquanto o ator Randall imitava Maurice Chevalier. O quadro cênico revivia a chegada de Mistinguett e Chevalier em Nova York.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span><span> </span>Para a temporada teatral de 1923, o Theatro Lyrico do Rio de Janeiro apresentava a própria Mistinguett. Contratada por Madame Rasimi, do Ba-Ta-Clan, a artista era saudada na imprensa como “a mais célebre vedetta de Paris”. Vale observar que, na época, se usava a palavra <i>vedetta </i>para designar as vedetes de teatro musicado. A companhia apresentava quatro revistas teatrais estreladas por Mistinguett, que se tornou a grande sensação da então Capital Federal. </span><span>Houve até uma paródia feita na época, onde Mistinguett era imitada pela atriz Pepita de Abreu.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span> <span> </span></span><span>Vale lembrar que a passagem da companhia do Ba-Ta-Clan pelo Rio de Janeiro em 1922/1923 causou, de certa forma, uma revolução na forma de se fazer o Teatro de Revista nacional </span><span>(quando falamos revista, nos referimos à peça de Teatro de Revista)</span><span>. A companhia francesa fascinava e chocava com suas coristas muito bonitas, de corpos esculturais e que apresentavam, em algumas ocasiões, os seios nus. Fora Mistinguett que, mostrando apenas suas belíssimas pernas e carisma, arrebatava mais fãs. A estrutura das peças e todo o luxo da cenografia iriam inspirar e dar uma sacudida nas ideias de nossos empresários teatrais. Um exemplo disso é a companhia</span><span> </span><span>Tro-Ló-Ló</span><span>, de Jardel Jércolis, que tinha no elenco a estrela brasileira Aracy Côrtes.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><span> </span>Quanto a Mistinguett, seguiu sua carreira por muitos anos, sempre com muito sucesso. Vale lembrar que em 1925, a estrela francesa já contava cinquenta anos e, mesmo com a “idade avançada” para o senso comum da época, continuava fascinando seu público. </span></span></p><span style="color: #800180; font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"> Sobre sua pergunta, Carmem, Mistinguett foi uma artista cuja carreira durou bastante, atravessando algumas gerações. Ao iniciar seus trabalhos como artista, na virada do século XIX para o século XX, o padrão de beleza feminino era bem diferente. Hoje, mesmo com muitas campanhas em favor de que as pessoas sejam felizes com o corpo que tiverem, ainda temos muitas sugestões dando a entender que o ideal é um corpo magro.</div><span><div style="text-align: justify;"> No começo do século XX isso não era muito exigido. O corpo feminino podia ser mais cheinho e apreciado. Havia a “ditadura” dos espartilhos que moldavam esse corpo, dando curvas às mulheres e, muitas vezes, machucando-as.</div></span><span><div style="text-align: justify;"> Não conheço fotos de Mistinguett nesse período, assim, fica difícil dizer se ela seguia esses padrões. Porém, ao ver suas fotografias na década de 1920, quando houve uma mudança de comportamento na sociedade e o “corpo magro” passou a ser o “ideal”, vemos Mistinguett de acordo com o que se “esperava” de uma artista famosa.</div></span><span><div style="text-align: justify;"> Ainda na década de 1920, parte do vestiário feminino (não todo) encurtou, deixando as pernas à mostra. Se antes, um tornozelo feminino causava “frisson” entre muitos homens, agora, uma perna exposta causaria muito mais comoção. As artistas passaram a exigir suas pernas vestidas por meias e emolduradas por belos vestidos e sapatos. O conjunto fazia uma grande sensação.</div></span><span><div style="text-align: justify;"> Mistinguett tinha pernas bonitas e soube explorar muito bem o fascínio que ela exercia em seu público. Creio que o resto (a grande exploração do tema ao longo de gerações) ficou a cargo da imprensa e da história. A artista cantava (tinha uma bonita voz), dançava e fez alguns filmes, o que nos leva a crer que também tinha talento para interpretar, porém, foram suas pernas que ficaram no imaginário de gerações, mesmo após sua morte.</div></span><span><div style="text-align: justify;"> Eu penso que essa fama se deva aos novos valores que foram surgindo e continuaram fixados em nossa memória coletiva. Outras artistas, como Betty Grable e Marlene Dietrich também são conhecidas até hoje por suas belas pernas. Acho que o fato dessa fama durar até hoje se deve às gerações passadas que viveram o período em que isso se originou e foram passando às novas gerações, até chegar em nós que, com certeza, deveremos passar às futuras gerações. Mas, sempre é bom mudarmos essa “sina” e, principalmente, ressaltarmos o talento dessas mulheres e suas lutas, isso sim, fatores que as tornaram personalidades fascinantes.</div></span></span><p class="MsoNormal" style="background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin: 0cm; text-align: justify;"><span><span style="color: #800180; font-family: inherit;"> Ao ouvirmos a canção "Comme disait Mistinguett", interpretada por Dalida, nos vem à mente uma canção gravada em 1933 por Mistinguett, intitulada “C´est vrai!”. Creio que Dalida fez uma (justa) homenagem à grande vedete francesa. A versão de Mistinguett também brinca com casos verídicos e fantasiosos.</span></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem:</b> - Exatamente, Marcelo! Trata-se de uma letra muito rica em referências, por isso, acho pertinente fazer uma tradução comentada e compartilhar com o público, pois este é um texto que traz um material que eu definiria como multidisciplinar, uma vez que abrange a língua francesa e suas expressões, além de detalhes estudados pelas disciplinas: História, Geografia, Música e eu arriscaria incluir também Psicologia, já que é possível analisar (ainda que à distância) traços da personalidade e da história de vida de Dalida. Como disse anteriormente, traduzi todo o texto e o dividi em partes. Na primeira estrofe, temos: </span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade que tenho o sotaque que soa,</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Canções que galanteiam</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade que sou italiana</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">De nascença, egípcia</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><span style="color: #990000;"><div style="text-align: justify;"><span> </span>A canção começa com uma referência ao sotaque italiano de Dalida: <i>"C'est vrai que j'ai l'accent qui roule".</i> "Rouler" significa "rolar", "rodar", "fluir", mas também pode ser sinônimo de "soar", "fazer-se ouvir". É interessante notar que a palavra "roule" (terceira pessoa do singular deste verbo) permite que a pronúncia da letra "r" seja bem marcada, ressaltando o sotaque da cantora. Sendo assim, creio que a palavra tenha sido escolhida por causa de sua sonoridade. É indispensável lembrar que os avós de Dalida eram imigrantes oriundos de Serrastreta, Calábria (sudoeste da Itália). Ela e seus irmãos, assim como seus pais, cresceram em uma colônia italiana em Shoubra, no Cairo (Egito). Mesmo depois de se mudar para Paris e construir uma carreira sólida na Música Francesa, Dalida nunca perdeu seu forte sotaque e esta sempre foi uma de suas características mais marcantes. É digno de nota que ela realmente tinha orgulho de suas origens e isso é lembrado na letra, quando ela canta "É verdade que sou italiana/De nascença, egípcia", ou seja, ela assume a nacionalidade dos avós, ressaltando que apenas nasceu no Egito. Entretanto, ela também se orgulhava do país em que nasceu (inclusive, gravou várias canções egípcias, manifestando seu amor pela terra que acolheu seus antepassados) e também do país que a recebeu - a França -, como veremos mais adiante. Penso que a intenção nesta parte tenha sido marcar e assumir (até mesmo ostentar, eu diria) a origem do sotaque tão observado e até criticado por muitos. Seria como se ela dissesse: "Eu tenho sotaque mesmo, porque sou italiana, mas não vou mudar, pois gosto da minha pronúncia e amo minhas origens!"</div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><i><span> </span>"Des chansons qui roucoulent"</i> é outra frase que permite a exploração da pronúncia do "r" no verbo "roucouler" conjugado na terceira pessoa do plural. Esta palavra tem como radical "rouc", uma onomatopeia que reproduz a voz dos pombos. Precisei pesquisar a respeito desta expressão e, a partir das definições dadas pelos dicionários Le Robert Micro (edição de bolso de 2006, p. 1188) e Larousse (<a href="https://www.larousse.fr/dictionnaires/francais" target="_blank">online</a>), concluí que a intenção dos compositores, provavelmente, tenha sido passar a ideia de um canto melodioso, terno e apaixonado... Geralmente, os pombos são associados a casais de namorados, então, creio que a melhor tradução seja "galantear".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span><span> </span>A seguir, temos a expressão<i> </i></span><i>"C'est vrai, c'est vrai" </i>(é verdade, é verdade), que aparece durante toda a canção. Como você bem disse, Marcelo, trata-se de uma clara referência à música composta por Casimir Oberfeld e gravada por Mistinguett em 1933 (justamente o ano em que Dalida nasceu!), cujo título é exatamente este: <a href="https://youtu.be/66lkpH8OwC8" target="_blank">"C'est vrai"</a>. A inspiração de Delanoë, Sevran e Debout para escrever "Comme disait Mistinguett" fica bastante clara quando recorremos à letra desta outra canção, em que Oberfeld explora detalhes da vedete que costumavam ser comentados, como <i>"On dit que j'ai de belles gambettes"</i>, que significa "Dizem que tenho belas pernas" e <i>"On dit que j'ai l'nez en trompette"</i>, ou seja, "Dizem que tenho nariz arrebitado" (acho interessante esta expressão, que relaciona a forma do nariz ao instrumento musical). Realmente, vemos muitas semelhanças na canção gravada por Dalida, como será comprovado durante o desenvolvimento desta tradução comentada. Prossigamos:</span></div></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><i><span style="color: #990000;"><div style="text-align: center;"><i>Mas eu prefiro Joséphine a Cleópatra</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ménilmontant aos porões do Vaticano</i></div></span></i><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000; text-align: left;"><span> </span>Nesta parte, ela explica que, embora tenha nascido e crescido no Egito, adaptou-se muito bem na França, país que a acolheu e a tornou famosa. Dalida transferiu-se a Paris no início da carreira, logo depois que se tornou Miss Egito, em 1954. Inicialmente, atuou em alguns filmes em sua terra natal, mas logo foi incentivada a tentar crescer profissionalmente na Cidade Luz, que era o sonho da maioria dos artistas naquela época. Ali, ela conheceu o radialista e produtor Lucien Morisse, que se tornou seu marido. Com o casamento, ela adquiriu cidadania francesa. Apesar de terem passado vários anos juntos, demoraram a oficializar a união, pois Lucien era casado e postergou o divórcio. Quando finalmente tudo foi resolvido, o casamento não durou mais que alguns meses, pois Dalida se apaixonou por outro homem, de quem falarei mais adiante. De qualquer forma, Dalida já estava totalmente integrada ao novo país e já era famosa por sua arte.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000; text-align: left;"><span> </span>Esta ideia de acolhimento é transmitida pela letra através de elementos históricos e culturais. Vejamos as referências presentes nesta parte: Joséphine (imperatriz da França, primeira mulher de Napoleão Bonaparte), Cleópatra (rainha do Egito), Ménilmontant (bairro parisiense) e os porões do Vaticano. Neste ponto, convido você, Marcelo Bonavides, a detalhar, como historiador, tais menções:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><span style="text-align: left;"><b><br />Marcelo:</b> - </span>Cleópatra (69 – 30 a. C.) é uma figura histórica que ainda fascina, mais de dois mil anos após sua morte. Ao longo dos últimos séculos, de Shakespeare até os dias de hoje, quer no teatro e/ou, principalmente, no cinema, a imagem da mais famosa rainha do Egito encanta a todos que têm contato com sua história. <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><br /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;">Nascida em Alexandria, no ano 69 A. C., Cleópatra era filha de Ptolomeu XII e foi educada conhecendo a poesia grega, matemática e filosofia, através dos papiros da Biblioteca de Alexandria. Segundo Heródoto, historiador grego, ela era fluente em nove idioma, o que a permitia tratar diretamente com representantes ou líderes de outros países.</span></div><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;">Assumindo o trono do Egito após a morte de seu pai, em 51 a. C., ela enfrentaria ainda seu irmão Ptolomeu XIII, para se manter no poder. Ficariam famosas suas relações amorosas com Júlio César e Marco Antônio, exercendo forte influência sobre os rumos da história romana e do próprio Egito.</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji0G2D15IXf6Sv5ShhZAI7U6BElnvSRDnWULKM8NVrqH8F96r7Fc2JJT_NM71GT_DG76iHyGmTSc7Kfg-WfamS2CkvbacafHlzjn6y7hIKs-ucDwhrbDVTi-akxP9NcjfE4RrozJEjEuY/s950/Reconstru%25C3%25A7%25C3%25A3o+do+rosto+de+Cle%25C3%25B3patra.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="552" data-original-width="950" height="116" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji0G2D15IXf6Sv5ShhZAI7U6BElnvSRDnWULKM8NVrqH8F96r7Fc2JJT_NM71GT_DG76iHyGmTSc7Kfg-WfamS2CkvbacafHlzjn6y7hIKs-ucDwhrbDVTi-akxP9NcjfE4RrozJEjEuY/w200-h116/Reconstru%25C3%25A7%25C3%25A3o+do+rosto+de+Cle%25C3%25B3patra.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Reconstrução do rosto de Cleópatra.<br />Fonte: <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-verdadeiro-rosto-de-cleopatra.phtml">https://aventurasnahistoria.uol.com.br</a><br /><br /></span></td></tr></tbody></table>Cleópatra cometeria suicídio em 30 a. C., uma vez que seus amantes haviam morrido e o Egito se encontrava cercado pelas tropas romanas lideradas por Otávio, sobrinho de Júlio César. Vendo minadas suas chances de defesa, ela se deixou picar por uma serpente, em Alexandria, Egito.</div><div style="text-align: justify;">O cinema imortalizou sua imagem através de atrizes como Theda Bara, Claudette Colbert, Vivien Leigh e, talvez a mais famosa, Elizabeth Taylor. Em todas as representações, Cleópatra é tida como uma mulher branca, interpretada por atrizes igualmente brancas. Fica a questão: seria essa mesma a verdadeira aparência da última soberana da dinastia dos Ptolomeus?</div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem: </b>- Realmente, não, Marcelo... Estudos comprovaram que a aparência de Cleópatra seria de uma mulher negra. Uma triste coincidência é que ela cometeu suicídio, assim como Dalida, porém por motivos completamente diferentes, não é? E quanto a Joséphine? Será que existe algo em comum com Dalida?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"><b><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVmmw4gJZAFKBuKceVXRjIyecHRsfgM2cqvJmjtBWOYaZbJHC3N8YlJmTCdN24Skyz2qvDtPWuoIMUoT4bbjzBJLwqPH0U4I7meHDIJW_dh1S9hg3p0GiGOdWTE3ZIkDdQo6uLGQMo-7E/s1600/Josephine01.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1178" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVmmw4gJZAFKBuKceVXRjIyecHRsfgM2cqvJmjtBWOYaZbJHC3N8YlJmTCdN24Skyz2qvDtPWuoIMUoT4bbjzBJLwqPH0U4I7meHDIJW_dh1S9hg3p0GiGOdWTE3ZIkDdQo6uLGQMo-7E/w148-h200/Josephine01.jpg" width="148" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Joséphine, por François Gérard,<br />óleo sobre tela, c. 1807-1808,<br />www.britannica.com</span></td></tr></tbody></table> Marcelo:</b> - Marie-Josèphe-Rose Tascher de La Pagerie nasceu na Martinica em 23 de junho de 1763. Era de uma família importante da região. Na época de seu nascimento, a Martinica era disputada por Britânicos e Franceses. A França ganhou a disputa em 1763. Casou-se na França, em primeiras núpcias, em 13 de dezembro de 1779, com Alexandre de Beauharnais, que aprimorou sua educação. Tiveram dois filhos, mas em 1783 se separaram fisicamente. Ela foi para um convento com o filho mais velho, acusada de adultério. Inocentada, ficou livre para morar onde quisesse.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Joséphine retornou à Martinica, indo depois a Paris, onde tudo havia mudado com a Revolução Francesa. Ainda era casada oficialmente com Alexandre. Ela imergiu em uma vida de festas e bailes, porém, em 1794, Alexandre foi preso e, pouco depois, Joséphine também ia para a prisão. Ficou presa três meses e meio. Saiu do cárcere após o final do período do Terror. Com isso, ela ficou na moda, pois todos queriam conhecer uma vítima da prisão.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Viúva (Alexandre havia sido executado), Joséphine conheceu, em 1795, através de Paul Barras, o jovem general Napoleão Bonaparte, que logo se apaixonou por ela.</div></span><div><span style="color: #800180;"><span> </span>Em 09 de março de 1796, Joséphine e Napoleão se casaram. Com a coroação de Napoleão como Imperador francês, em 02 de dezembro de 1804, Joséphine passava a ser a Imperatriz dos franceses. Não foi um casamento feliz, havendo suspeitas de adultério de ambas as partes. Joséphine tinha dois filhos do primeiro casamento que foram adotados por Napoleão, que muito os estimava. Após 13 anos de casados, em 14 de dezembro de 1809, Joséphine e Napoleão se separaram. Ela manteve o título de Imperatriz, mantendo propriedades e uma fortuna por pensão. Maria Luísa da Áustria casou-se com Napoleão meses depois.</span><span style="color: #800180;"> Ela era irmã de nossa Imperatriz, D. Leopoldina, primeira esposa de D. Pedro I.</span></div><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"><span> </span>Em 14 de maio de 1814 Joséphine se resfriou, falecendo em 29 de maio de 1814, quase um mês antes de completar 51 anos de idade, provavelmente de pneumonia. Cerca de 20 mil pessoas foram ver o corpo da Imperatriz, de quem gostavam.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Creio que a semelhança mais marcante entre Dalida e Joséphine, infelizmente, esteja nos amores infelizes. Ambas não foram completamente felizes em seus relacionamentos amorosos. As causas, com certeza, foram diferentes, mas, creio que elas realmente gostariam de ter tido um amor feliz. Porém, é possível fazer outras comparações: as duas saíram de sua terra natal para ir a Paris, onde tudo acontecia em termos de cultura. Ambas se destacaram, cada qual à sua maneira, na capital francesa. Tanto Dalida como Joséphine foram, e são, referências culturais da França, mesmo tendo nascido em outra região.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Uma curiosidade sobre Joséphine: Ela era avó de nossa segunda imperatriz, Dona Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa de D. Pedro I. Amélia era filha de Eugenio de Beauharnais, filho de Joséphine, e de Augusta da Baviera. </div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem:</b> - Quanta riqueza nestas informações, Marcelo! Dalida também possui laços com o Brasil e isso não se limita a algumas de suas canções, como "La Chanson d'Orphée" (versão de "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá), "La Banda" (versão de "A Banda" de Chico Buarque de Hollanda) ou "Rio do Brasil", entre outras... A família Gigliotti tem alguns membros que residem em Santo André (SP). Enquanto seus pais permaneceram no Egito, onde a cantora nasceu, alguns primos vieram para o Brasil durante o século XX.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> Quanto à preferência por Ménilmontant, creio que justifique-se pelo fato deste bairro parisiense ser uma referência cultural quando pensamos em música francesa, já que é lá que se situa o Musée Édith Piaf, que funciona na antiga residência da grande intérprete. O bairro também possui vários estúdios artísticos e bares. Já os porões do Vaticano encerram muitos mistérios e questões históricas da Igreja Católica...</span></span><span style="color: #990000;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><span style="color: #800180;"><b>Marcelo:</b> - É interessante lembrar que Francisco Alves, O Rei da Voz, cantou em um programa de rádio a bela canção de Charles Trenet, <a href="https://youtu.be/9OYitDMFtSU" target="_blank">Menilmontant</a>, em versão de Haroldo Barbosa.</span><div><div><p style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem:</b> - É uma belíssima interpretação, inclusive! Em 1987, foi lançado o LP "Francisco Alves Inédito: 35 anos depois", em que consta esta gravação. O leitor pode ouvi-la no site do IMMuB (Instituto Memória Musical Brasileira): <a href="https://immub.org/album/francisco-alves-inedito-35-anos-depois" target="_blank">https://immub.org/album/francisco-alves-inedito-35-anos-depois</a></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> </span>Em seguida, temos o refrão, <i>"Comme le disait la Mistinguett,/Je suis comme le Bon Dieu m'a fait/Et c'st très bien comme ça"</i>, com mais uma referência à vedete Mistinguett:</span></p><i><span style="color: #990000;"><div style="text-align: center;"><i>Como dizia a Mistinguett,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu sou como o Bom Deus me fez</i></div><div style="text-align: center;"><i>E está muito bem assim</i></div></span></i><p style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"> <span> E</span> a letra prossegue, com alusões pessoais a Dalida:</span></p><i><span style="color: #990000;"><div style="text-align: center;"><i>Dizem que é meu irmão que canta</i></div><div style="text-align: center;"><i>Quando eu estou de férias</i></div><div style="text-align: center;"><i>Não é verdade, não é verdade!</i></div><div style="text-align: center;"><i>Dizem que por pouca coisa</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu bato em meus músicos</i></div><div style="text-align: center;"><i>É verdade, é verdade!</i></div><div style="text-align: center;"><i>É verdade que eu gosto dos rapazes bonitos,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mas no fundo eu prefiro as canções</i></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>(refrão...)</i></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Eu, tudo que quero</i></div><div style="text-align: center;"><i>É que me amem um pouco</i></div><div style="text-align: center;"><i>E eu admito: Estou satisfeita</i></div><div style="text-align: center;"><i>Desde que nasci, desde que cantei,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Tenho admiradores aos milhares</i></div></span></i><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"> Quando é dito <i>"On dit que c'est mon frère qui chante /quand je suis en vacances"</i>, Orlando (nome artístico de Bruno Gigliotti) - o irmão caçula, diretor artístico e produtor de Dalida - é evocado. Desde a infância, ambos eram muito apegados um ao outro e isso era notado por todos. Onde quer que a artista fosse, lá estava seu fiel companheiro, orientando-a, assessorando-a e até participando de algumas rusgas fraternas de vez em quando (como ocorre com todos os irmãos). Mas o que sempre prevaleceu foi o amor entre eles, que era real e notável. Até hoje, Orlando é fiel à memória da irmã e segue trabalhando na conservação e difusão de sua arte. Mas por que disseram, alguma vez, que era ele que cantava quando Dalida estava de férias? Primeiro, por causa da união que existia entre os irmãos; segundo, porque Orlando chegou a se aventurar na <a href="https://youtu.be/6MP_g81QtAI" target="_blank">carreira de cantor</a>, chegando até a gravar alguns discos e seu timbre lembra sutilmente o da irmã. Mas, como isso não era verdade, desta vez a letra responde: <i>"Pas vrai, pas vrai!"</i>.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> A continuação da música confirma que "por pouca coisa", Dalida batia nos músicos que a acompanhavam nas apresentações: </span><i>"On dit que pour de petits riens/Je bats mes musiciens".</i> É sabido que ela era intensa, determinada, exigente, percebia notas ou tons errados e reclamava disso durante os ensaios. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"> Sobre gostar de "rapazes bonitos", a cantora de fato teve relacionamentos com alguns homens atraentes e, em muitos casos, mais jovens que ela. Alguns deles foram o ator e artista plástico <a href="https://www.notrecinema.com/communaute/stars/stars.php3?staridx=68582" target="_blank">Jean Sobieski</a>, que ela conheceu e de quem se tornou amante ainda durante o casamento com Lucien Morisse, e o ator <a href="https://www.marieclaire.fr/alain-delon-les-femmes-de-sa-vie,1227791.asp" target="_blank">Alain Delon</a>, com quem Dalida teve um breve relacionamento dez anos depois de tê-lo conhecido. Este caso permaneceu em segredo por algum tempo, sendo revelado anos mais tarde. Mesmo depois de separados, sempre foi conservada uma grande amizade entre eles e até hoje o ator concede entrevistas falando sobre sua relação com a cantora. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> </span>Outro homem que não pode ser esquecido é o jovem Lucio, um estudante doze anos mais jovem que Dalida, fã de Luigi Tenco. A artista iniciou uma amizade com ele logo depois da morte trágica do compositor, que também foi seu namorado (já abordei este assunto na seguinte postagem: <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html</a>). Os encontros amistosos dos dois resultaram em um brevíssimo caso, que culminou numa gravidez indesejada... Dalida optou por fazer um aborto, sem nada contar a Lucio, tampouco ao irmão. Discorrerei mais profundamente sobre isso em uma futura postagem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> </span>Todos esses relacionamentos com rapazes belos e mais jovens não tiveram continuidade, pois Dalida decidiu colocar um fim em todos eles, por motivos diversos - mas o principal era a entrega ao trabalho, o que, inclusive, a ajudava a sobreviver em meio a tantas angústias e traumas colecionados ao longo da vida. Por isso, a letra confirma que Dalida gostava de rapazes bonitos, mas no fundo, preferia as canções... <i>"C'est vrai"</i>! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> </span>Como bem diz a continuação, o que ela mais desejava era ser amada e foi isso que buscou durante toda a vida. Na verdade, o que ela conseguiu conquistar foi a admiração de um público enorme, composto de milhões de fãs no mundo todo, mas este amor era dirigido à artista Dalida, e não à mulher, Yolanda. Na letra, ela se diz "satisfeita", mas creio que seja uma forma de expressar gratidão às pessoas que acompanhavam sua carreira e também, obviamente, ao carinho dos irmãos, da prima e da mãe (já falecida quando do lançamento desta canção), que sempre estiveram presentes. Não sei se poderíamos compreender como uma expressão de "conformismo", pois ela sempre buscou ser amada e sobretudo, sonhava em formar uma família, algo que nunca aconteceu. Creio que seja possível afirmar que a maior luta empreendida por Dalida foi, de fato, pelo amor.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> Prossigamos:</span><br /></span></div><div><p></p><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Falam de mim que certas noites</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Eu interpreto Sarah Bernhardt</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Dizem que meu melhor companheiro</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É Teilhard de Chardin</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Eu adoro os refrões intelectuais</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">“Paroles, paroles” e a discoteca também</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;"><br /></span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Como dizia a Mistinguett,</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">Eu sou como o Bom Deus me fez</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;">E está muito bem assim</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;"><br /></span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000;"><br /></span></i></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><b>Marcelo:</b> -</span><span style="color: #800180;"> Carmem, vamos conhecer um pouco a vida e carreira da atriz Sarah Bernhardt? <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7GGbvuli-EjlwZ1qZnwk_r8TWWfG9OGn0tJoOaetD8RLyHzbcDJYFXO23bGzU1Yt2ptCcVfgdx-bwkO5JQWHTBqEs_v-On0EKgmu9J-urGODDQ3cnnwAVm8GJt9wjPQPyubJrXuQcEN0/s1566/Sarah+Bernhardt+1883+%2528Fotografo+-+Nadar%2529.JPEG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1566" data-original-width="1024" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7GGbvuli-EjlwZ1qZnwk_r8TWWfG9OGn0tJoOaetD8RLyHzbcDJYFXO23bGzU1Yt2ptCcVfgdx-bwkO5JQWHTBqEs_v-On0EKgmu9J-urGODDQ3cnnwAVm8GJt9wjPQPyubJrXuQcEN0/w131-h200/Sarah+Bernhardt+1883+%2528Fotografo+-+Nadar%2529.JPEG" width="131" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Sarah Bernhardt fotografada <br />por Nadar em 1883</span></td></tr></tbody></table><br /></span></div><div style="color: #800180; text-align: justify;"> Para você ter uma ideia do quão famosa ela foi no final do século XIX e início do século XX, transcrevo uma célebre frase proferida pelo igualmente célebre escritor Mark Twain: “Existem cinco tipos de atrizes: más, medíocres, boas, grandes – e Sarah Bernhardt”.</div> <span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> A grande atriz francesa nasceu em 23 de outubro de 1844, chamando-se Henriette-Rosine Bernard. Era filha de uma cortesã e de pai desconhecido. Sua mãe era uma prostituta de luxo, cuja carreira como cortesã foi bem-sucedida. Ela queria que sua filha seguisse seus passos, porém, a verdadeira vocação da jovem estava nos palcos.</div></span><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> Como Sarah Bernhardt, ela conquistou seu primeiro sucesso em 1869, com a peça Le Passant. Daí em diante, sua carreira foi coroada por glórias, ficando conhecida como La Divine Sarah. A forma como Sarah Bernhardt interpretava seus papéis deixava o público hipnotizado, para depois explodir em aplausos efusivos.</div></span><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> Conhecendo muito bem a vida mundana parisiense, ela foi a perfeita intérprete de Marguerite Gautier, a cortesã heroína de A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Em seu vasto repertório, ela interpretaria personagens masculinos, como Hamlet, de Shakespeare. Quando Hamlet foi filmado pela primeira vez para o cinema, em 1900, coube a Sarah interpretar o personagem título.</div></span><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> Se no palco ela absorvia com intensidade as emoções de seus personagens, na vida real não era diferente. Sarah Bernhardt vivia de forma frenética, impregnada por fortes emoções e realizações pessoais. Entre algumas curiosidades, podemos apontar: também seguiu uma breve carreira de escultora, produzindo belas obras; tinha a mania de se deixar fotografar dentro de caixões, como se estivesse morta; possuía um pequeno zoológico particular; arrendou grandes teatros para apresentar suas peças; era envolvida com os problemas sociais de seu tempo; para citar algumas.</div></span><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> Sarah Bernhardt era uma mulher bem-sucedida profissionalmente que, para o final do século XIX, era considerada “ousada”. Ousada por ter vários amantes, em uma época em que a sexualidade feminina se resumia a ter filhos dentro do casamento. Seu único filho, Maurice, foi fruto de um romance com um príncipe belga, que nunca assumiu de fato a criança. Isso não foi empecilho para que Sarah o criasse como o “príncipe” que ela julgava sê-lo.</div></span><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"> Ela foi uma das primeiras artistas a excursionar pelo mundo, levando sua atuação pelas Américas e outros continentes, só não se apresentando na Ásia. No Brasil, ela esteve por três vezes: em 1886, 1893 e 1905. Na primeira vez, foi vista e aplaudida pelo imperador D. Pedro II. Infelizmente, na última vez em que esteve aqui, sofreu um grave acidente em cena. Em um momento da peça Tosca, seu personagem deveria se atirar de um penhasco, porém, os colchões que deveriam amparar sua queda não estavam no local exato. Mesmo assim, profissional que era, Sarah se atirou ao chão sem proteção alguma. Ela estava com sessenta anos de idade. Esse acidente, com o fato dela não ter cuidado bem dos ferimentos ao longo dos anos seguintes, iria levar a amputação de sua perna. Isso não a impediu de atuar e recitar, inclusive apresentando-se para soldados na Primeira Guerra Mundial.</div></span><div style="color: #800180; text-align: justify;"> Sarah Bernhardt faleceu em 23 de março de 1923, também em Paris, aos 79 anos de idade. Podemos dizer que ela foi uma das primeiras artistas a virar celebridade mundial. Vejo semelhança entre ela e Dalida no fascínio que as duas exerciam sobre seus fãs, ao interpretarem, cada uma, a sua arte, seja no teatro (caso de Sarah Bernhardt) ou na música/dança/performance (caso de Dalida).</div><div style="color: #800180; text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem:</b> - Que riqueza de detalhes, Marcelo! Adorei suas observações sobre Sarah Bernhardt! Realmente, ambas exerceram um grande fascínio sobre os fãs e até hoje são lembradas como referências em suas respectivas artes. É interessante esta parte da letra: "</span><i style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Falam de mim que certas noites/</span></i><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><i>Eu interpreto Sarah Bernhardt"</i>. Creio que o significado esteja na dramaticidade das interpretações de ambas. A citação de Mark Twain resume bem essa característica de Sarah, que estava acima da capacidade das atrizes de sua época - e eu diria que de hoje também.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><span><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJkWK7zXQXlpB1UXBzUItUFHYc8duG6B3kV_taJfr9D0XA2b9BheFoRfZnTH5a7HWbqRaMVU0roGI9dgc_raZVBhhsOZZ3UlA87NGfU-kUbaZJqq8tikarOd9htmu4Y3dqlhIOi8ebCPI/s300/Pierre-Teilhard-de-Chardin-Logos-Apologia-220x300.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: x-small;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="220" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJkWK7zXQXlpB1UXBzUItUFHYc8duG6B3kV_taJfr9D0XA2b9BheFoRfZnTH5a7HWbqRaMVU0roGI9dgc_raZVBhhsOZZ3UlA87NGfU-kUbaZJqq8tikarOd9htmu4Y3dqlhIOi8ebCPI/w147-h200/Pierre-Teilhard-de-Chardin-Logos-Apologia-220x300.png" width="147" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Teilhard de Chardin<br />Fonte: https://www.transcend.org/</span></td></tr></tbody></table><span> </span>Quanto a Teilhard de Chardin ter sido o "melhor companheiro" de Dalida, "é verdade, é verdade" (risos)! O filósofo francês contemporâneo (1881 - 1955) ficou conhecido por unir Ciência e Espiritualidade em sua obra, caracterizada pelo otimismo embasado no progresso científico como participação humana na criação e evolução do mundo. No processo de pesquisa, o homem contribui na criação divina, pois conhece e supera sua condição presente. Além disso, segundo o pensador francês, as crises na história da humanidade são fruto do contato cada vez mais próximo dos homens, o que causa tensões, mas ao mesmo tempo, a esperança na superação e na instalação de relações de melhor qualidade. Teilhard de Chardin acreditava na evolução da humanidade, pensando o desenvolvimento como algo inerente ao mundo - mesmo a substância mineral, como o ferro, sendo menos frágil que a matéria orgânica, possui duração relativa, já que o metal enferruja. No caso da vida, a evolução vai além do indivíduo, pois é transmitida à comunidade vivente, que recebeu influências deste ser. </span></span></span><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">A quem quiser saber mais sobre Teilhard de Chardin, recomendo este artigo de François Euvé traduzido por Luisa Rabolini: </span></span><span style="color: #990000; text-align: left;"><a href="http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/571833-a-visao-de-pierre-teilhard-de-chardin-um-mundo-em-mudanca" target="_blank">http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/571833-a-visao-de-pierre-teilhard-de-chardin-um-mundo-em-mudanca</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"> Dalida buscou na obra de Teilhard de Chardin o conforto que ela não encontrou em sua vida pessoal. Na verdade, a cantora lia muito, tendo se dedicado também a outros autores, como Sigmund Freud e Carl Jung, que a ajudaram a compreender muitas de suas angústias. Dalida, na verdade, era uma intelectual, por isso, gostava tanto das letras mais "conceituais". Quanto a "Paroles, paroles", trata-se de uma famosa canção gravada originalmente <a href="https://youtu.be/xp0tfxGHp8o" target="_blank">em italiano por Mina e Alberto Lupo</a>, que teve enorme sucesso na versão francesa, cantada por <a href="https://youtu.be/LYAvhujK4nA" target="_blank">Dalida e Alain Delon</a> (que teve um breve relacionamento com a intérprete durante a década de 60). No Brasil, a versão intitulada <a href="https://youtu.be/Eh2d41wNop4" target="_blank">"Palavras, palavras" foi gravada por Maysa e Raul Cortez</a>.<br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><span> Sobre a discoteca, basta dizer que Dalida foi a precursora deste gênero na França para compreender a importância da intérprete e o porquê desta menção na letra.</span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><span><span> Continuemos:</span></span></span></span><span> </span> </div></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Há quase vinte anos dizem</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Que eu não passarei a primavera</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Podem dizer o que quiserem</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Eu não seria Dalida se eu não fosse assim</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">É verdade que você tem o sotaque que soa</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Canções que galanteiam</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">É verdade que você é italiana</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">De nascença, egípcia</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">É verdade, é verdade!</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Dizem que é seu irmão que canta</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Quando você está de férias</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Não é verdade, não é verdade!</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Podem dizer o que quiserem</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Eu não seria Dalida se eu não fosse assim</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Podem dizer o que quiserem</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Eu não seria Dalida se eu não fosse assim</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> Em 1967, logo depois da tragédia de San Remo, Dalida tentou suicídio, pois não via mais razões para continuar vivendo e estava inconformada com a morte de Luigi Tenco, seu então namorado. Como já disse anteriormente, mais detalhes sobre o ocorrido podem ser lidos neste artigo escrito por mim: </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html</a>. Desde então, muito se falou que Dalida não sobreviveria por muito tempo... Infelizmente, esta premonição de cumpriu, já que a intérprete cometeu suicídio em 1987, em seu quarto, tomando uma alta dose de barbitúricos com um copo de whisky.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #800180;"><b>Marcelo:</b> </span><span style="color: #800180;">- Carmem, é muito bom poder ir analisando esses versos. Nós aprendemos muito com isso. <span> </span><span> </span>Concordo com você sobre o fascínio que ambas exerciam e exercem sobre os fãs e a dramaticidade que ambas apresentavam em seus trabalhos, que até hoje impressiona.</span></div><span style="color: #800180;"><div style="text-align: justify;"><span> </span>Em relação a Teilhard de Chardin, pelo que entendi, todo o processo evolutivo da humanidade, com suas tensões, está baseado no conhecimento e na pesquisa que o homem vai praticando, inclusive na busca de si mesmo. Dalida, ao que parece, buscava o autoconhecimento e se aprofundar bastante na cultura mundial, o que torna sua carreira muito rica, mas, ao mesmo tempo, pode ter criado (aliado aos dramas de sua vida) muitos períodos de conflitos e angústias.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Dalida teve uma extensa carreira, porém, era uma artista do presente. Não é de se admirar que tenha inaugurado a discoteca na França. Se ficarmos “presos” à sua imagem e repertório do início de carreira, acharemos estranha essa imersão em novos estilos. Agora, se olharmos Dalida como a artista atemporal que ela é (sim, ainda é), entenderemos e apreciaremos mais ainda sua trajetória.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Sarah Bernhardt tinha uma espécie de lema, “Quand même”, que significaria, mais ou menos, “apesar de tudo”. Apesar de tudo, essas duas artistas foram e continuam sendo gigantes.</div></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><b>Carmem:</b> - Marcelo, suas considerações são excelentes! Adorei nossa conversa e creio que nós conseguimos contemplar o tema, oferecendo não somente uma simples tradução, mas comentários riquíssimos acerca dos nomes mencionados na letra. É gratificante poder desenvolver um diálogo tão profundo, ponderando sobre questões estéticas - e também éticas - que permeiam cada detalhe. De uma coisa tenho certeza: Nunca mais ouviremos "Comme disait Mistinguett" da mesma forma! Os 3:12 de duração da música contêm muito mais que melodia, ritmo e a sensualidade de Dalida; eles nos oferecem, principalmente, História e Arte. E posso afirmar, sem receio de errar: "C'est vrai!".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><b>Carmem Toledo</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><b>Marcelo Bonavides de Castro</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span><a href="http://marcelobonavides.com" target="_blank">http://marcelobonavides.com</a></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YIncquNGoPI" title="YouTube video player" width="560"></iframe></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #990000;"><span> </span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Conheçam a página Arquivo Marcelo Bonavides:</b> <a href="http://marcelobonavides.com" target="_blank">http://marcelobonavides.com</a></div><p></p><div><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?</b></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></b></div><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit;">Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</span></b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></div></div><p style="text-align: justify;"><br /></p></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-10335272624217472242021-09-20T11:13:00.004-03:002021-09-20T11:15:24.071-03:00"Je suis malade": Uma performance de Lady Agatha e Carmem Toledo<div style="text-align: justify;">A depressão e a prevenção do suicídio são temas de suma importância em qualquer tempo, mas sempre são bem-vindas as iniciativas que trazem à tona tais assuntos, como o Setembro Amarelo. É importante ouvir os gritos de socorro, ainda que silenciosos, acolher e respeitar a vida de cada indivíduo.</div><div style="text-align: justify;">Nesta performance que tenho o prazer de divulgar, a professora de dança Lady Agatha e eu prestamos uma homenagem à cantora Dalida, que infelizmente cometeu suicídio em 1987, interrompendo uma carreira brilhante na música internacional.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;">Participar deste projeto artístico foi algo muito importante para mim, não apenas por representar uma canção tão célebre de minha intérprete favorita, mas por abordar um assunto que faz parte de minha vida, uma vez que convivo com o Transtorno Misto Ansioso e Depressivo.</div><div style="text-align: justify;">Que esta seja a primeira de muitas parcerias com esta amiga de longa data!</div><div style="text-align: justify;">Assistam ao clipe no canal de Lady Agatha Daae: <a href="https://youtu.be/WELIF-3yLBA?fbclid=IwAR2cNwTQd9HP82QSwswOMDKJQ_gXM5cTYQ2J-HUue5lpKwpTy1R9kLlOzhI" target="_blank">https://youtu.be/WELIF-3yLBA</a></div><div><div><br /></div><div><br /></div></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WELIF-3yLBA" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvewOugDXgHPZnQoblvXRYNe9XoqZ15E2i6_zQwwTBIEzSAJGmQZjZFTLPvcReGuYT1NIOw9yNoevA7FfCbv90-v52r2gVeZIJzTsw_fUeMAAqe70bbKHEUGDKNyCYzaWCUcB7ZA4jZH4/s526/242337676_3019230911691726_2650584756654812418_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="526" data-original-width="526" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvewOugDXgHPZnQoblvXRYNe9XoqZ15E2i6_zQwwTBIEzSAJGmQZjZFTLPvcReGuYT1NIOw9yNoevA7FfCbv90-v52r2gVeZIJzTsw_fUeMAAqe70bbKHEUGDKNyCYzaWCUcB7ZA4jZH4/s320/242337676_3019230911691726_2650584756654812418_n.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><b>Carmem Toledo</b></div><div><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><p style="background-color: white; color: #141414;"><span style="font-family: inherit;"><b>Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a><br /><br /><br /><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?<br />Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.<br /><br /><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</span></p><p style="background-color: white; color: #141414;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #141414;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #141414;"><span style="font-family: inherit;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:<br />Site oficial da cantora:</b> <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a><br /><b>Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea):</b> <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></span></p></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><br /></div><div><br /></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-22584635767262962962021-08-29T07:10:00.001-03:002021-08-29T07:10:34.756-03:00Homenagem a Temple Grandin<p style="text-align: justify;"> Temple Grandin é reconhecida como uma das principais representantes da comunidade autista no mundo. Através de suas palestras, a zootecnista, psicóloga e professora da Universidade Estadual do Colorado rompe estereótipos por meio da divulgação científica, ocupando seu lugar de fala como autista e como pesquisadora do assunto. </p><a name='more'></a><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"> Além de ser especialista em comportamento animal - tornando-se referência no tratamento racional durante o manejo pecuário, no sentido de evitar o sofrimento do gado -, Temple também é engajada na causa da neurodiversidade e ressalta a importância de se considerar cada autista como um indivíduo com anseios e potenciais que devem ser incentivados e trabalhados. Para isso, segundo a autora, uma boa orientação faz-se necessária; os pais e professores devem estar atentos para que percebam seus focos de interesse e os direcionem no desenvolvimento de suas habilidades específicas.</div><div style="text-align: justify;"> Uma das frases mais conhecidas de Temple Grandin é "Different... Not less" (Diferente... Não menos), que rechaça o capacitismo comumente reproduzido pela sociedade.</div><div style="text-align: justify;">Para o neurologista Oliver Sacks (que hoje faria 88 anos), ela se definiu como "Um Antropólogo em Marte", para tentar explicar como ela e tantos outros autistas se sentem neste mundo projetado por e para neurotípicos. Tal autodefinição originou o título do livro de Sacks em que seu relato foi publicado (também recomendo a leitura).</div><div style="text-align: justify;"> <a href="https://vozneurodiversa.blogspot.com/2015/02/autismo.html" target="_blank">"O Cérebro Autista"</a>, escrito por Temple em parceria com o jornalista especialista em escrita científica Richard Panek, traz várias atualizações das evidências científicas sobre autismo, além de reforçar o engajamento de Temple Grandin na luta pelo respeito à individualidade dos autistas. Recomendo a todos, envolvidos ou não com o tema (uma vez que a neurodiversidade é uma realidade que se faz presente na vida de todos), mas considero uma leitura imprescindível a profissionais da saúde, da educação e da comunicação.</div><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Carmem Toledo</b></div></b><div style="text-align: justify;"><a href="http://vozneurodiversa.blogspot.com" target="_blank">http://vozneurodiversa.blogspot.com</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9YP8D-93GrCbG81Ag_8vz5KS33BjmoUaII9mICwjuzDr1fD2ZoOrPgcwC06S6VPMaxd5BfNlnItEUNCTZShwaLB-eQgl8oW0-uSCOcpc-_9o5oebIL9mRREgjTzJi9kAlQ6KFPhJj_oU/s2048/20210818_103818.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1452" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9YP8D-93GrCbG81Ag_8vz5KS33BjmoUaII9mICwjuzDr1fD2ZoOrPgcwC06S6VPMaxd5BfNlnItEUNCTZShwaLB-eQgl8oW0-uSCOcpc-_9o5oebIL9mRREgjTzJi9kAlQ6KFPhJj_oU/w284-h400/20210818_103818.jpg" width="284" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span>Temple Grandin.</span><br /><span>Desenho feito a lápis por Carmem Toledo.</span></span></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-57181892596160376592021-08-26T07:33:00.000-03:002021-08-26T07:34:42.505-03:00"Enquanto durmo": Uma reflexão sobre arte e a eterna busca de si <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">É bastante conhecida a imagem do palhaço que, apesar de fazer rir, afoga-se em sua própria melancolia. Longe de ser um mero "clichê", esta é uma realidade um tanto complexa em que todos nós, independente de nossas profissões, estamos inseridos, mas nos recusamos a analisar.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Vivemos para fazer rir, emocionar o outro - seja este um familiar, cônjuge, amigo, colega, chefe... porque assim se espera. Temos que mostrar que estamos bem o tempo todo. É a tal história de "morrer em pé". Por que fazemos isso? Porque pessoas felizes convencem melhor. </div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Mas e os artistas? Todos olham para eles, pedindo ajuda nessa busca interminável pela "felicidade", pelos risos, pela emoção... É como se eles fossem sempre os terapeutas de que tanto precisamos, sempre a postos para nos entregar - em uma bela embalagem, espera-se - a catarse, a tal purificação milagrosa e instantânea. O mesmo se passa com as redes sociais e os "memes", afinal, não temos tempo a perder: "Time is money". Ah! E catarse boa mesmo, só com a tragédia dos outros (óbvio).</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">O artista se esforça, busca palavras, gestos e maneiras de se expressar lá no fundo de sua alma, para nos presentear com algo belo, que nos faça rir, chorar ou franzir o cenho. Muitas vezes, nesse processo, ele faz uma espécie de "alquimia" com suas próprias lágrimas, transformando-as em um mar lindo, calmo, da maneira que esperamos. Mas, depois do produto pronto, poucos de nós olhamos para o caminho feito pelo artista. Como se deu a construção de sua obra - seja ela uma canção, uma personagem, uma pintura ou um texto?</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Assim como nós não nascemos prontos, assim acontece com as obras de arte: elas não se fazem sozinhas, tampouco de uma hora para outra. Muitas vezes, para que pudéssemos ter alguns momentos de prazer, um artista criou algo bem próximo ao solo, banhado em prantos, transformando a obra, em seguida, em algo mais "pra cima", perto do céu. Tudo isso, para que nós, mais uma vez, "morramos em pé", ou seja, para que nos sintamos vencedores nos piores momentos.</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Darei um exemplo a seguir, com a letra de uma canção muito conhecida, que costuma ser cantada ao som de um violão, por vozes animadas. Copiei e colei apenas a letra, para que vocês a leiam. Peço que, mesmo reconhecendo-a, não a cantarolem. Apenas leiam a letra em voz alta e reparem na melancolia presente em todo seu conteúdo.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Zélia Duncan a escreveu pensando em um momento de tristeza, mas seu parceiro musical, Christiaan Oyens, resolveu criar uma melodia que não acrescentasse ainda mais peso a seu significado. Poderiam ser citados muitos outros exemplos na música brasileira, mas optei por esta, pois acredito que as palavras captem bem o sentido do que quero dizer (além disso, eu, filósofa que sou, percebi uma certa dose de existencialismo).</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Pensem bem em quantas vezes recorremos a alguém para que seja nosso "salvador", enchendo-o de perguntas cujas respostas não nos satisfazem. É uma eterna busca por nós mesmos em um campo desconhecido onde nunca nos encontramos e com isso, não nos acalmamos. E sabemos disso, mas não queremos assumir. Esperamos que nossas questões se resolvam sozinhas, como se um milagre pudesse "lavar" as nossas inquietações. E esperamos a tal chuva cair... E lançamos mais perguntas ao outro, esperando que ele nos salve enquanto nos afaga durante o sono de nossa razão.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Reparem nas coisas de que a arte é capaz! Reparem nas coisas que teimamos em não perceber! É que "de longe parece mais fácil; frágil é se aproximar".</span></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;"><b>Carmem Toledo</b></div></span><div style="text-align: justify;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" style="font-size: 16px;" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">"Enquanto durmo"</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Zélia Duncan/Christiaan Oyens</span></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">"Muitas perguntas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Que afundas de respostas</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Não afastam minhas dúvidas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Me afogo longe de mim</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Não me salvo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Porque não me acho</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Não me acalmo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Porque não me vejo</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Percebo até</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Mas desaconselho...</span></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Espero a chuva cair</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Na minha casa, no meu rosto</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Nas minhas costas largas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Espero a chuva cair</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Nas minhas costas largas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Que afagas enquanto durmo</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Enquanto durmo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Enquanto durmo</span></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">De longe parece mais fácil</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Frágil é se aproximar</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Mas eu chego, eu cobro</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Eu dobro teus conselhos</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Não me salvo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Porque não me acho</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Não me acalmo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Porque não me vejo</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Percebo até</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Mas desaconselho</span></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Espero a chuva cair</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Na minha casa, no meu rosto</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Nas minhas costas largas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Espero a chuva cair</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Nas minhas costas largas</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Que afagas enquanto durmo</span></div>
<span style="font-size: 16px;"><div style="text-align: justify;">Enquanto durmo</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;">Enquanto durmo"</span></div>
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_210826_072332_293.sdocx--><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16px;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-91229471443304205902021-08-16T07:16:00.000-03:002021-08-18T10:49:53.771-03:00Charge: O encontro de Sophia Loren, Dalida e Bianca Castafiore<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> Nesta charge, homenageio duas divas da vida real e uma da ficção. O que elas têm em comum? O sangue italiano, a língua francesa e o talento vocal!<span><a name='more'></a></span></span><span> A atriz Sophia Loren nasceu em Roma e cresceu em Pozzuoli, comuna localizada na região da Campania, província de Nápoles. A cantora Dalida nasceu em Shoubra, distrito do Cairo, mas era neta de italianos de Serrastretta, comuna da região da Calábria. </span>A cantora lírica Bianca Castafiore, por sua vez, é uma personagem ítalo-belga da série em quadrinhos "Les Aventures de Tintin", criada pelo cartunista belga Hergé.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> Sophia Loren vive, há vários anos, em Genebra, na Suíça, em uma mansão herdada de seu falecido marido, o diretor e produtor Carlo Ponti. A talentosa atriz do cinema internacional também gravou várias canções das trilhas sonoras de filmes em que atuou, demonstrando que também possui o dom da interpretação vocal. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=W1ExjrI0Z0M" target="_blank">"De jour en jour"</a> (que, inclusive, é uma bossa nova!) é uma delas, onde a diva italiana mostra todo seu potencial para o idioma francês, que também é praticado por ela no dia-a-dia, já que vive em uma cidade francófona.<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> Dalida mostra sua "italianidade" até no nome de batismo: Iolanda Cristina Gigliotti. Nascida no Cairo (Egito), cresceu em uma comunidade italiana e, depois de ser eleita Miss Egito em 1954, aos 21 anos, mudou-se para Paris para tentar a carreira de cantora. Ali, Dalida alcançou o estrelato e se tornou uma das mais célebres intérpretes do século XX, tendo sido a precursora da discoteca na França. Graças a esta musa, os artistas da indústria fonográfica podem receber o Disco de Diamante, que foi criado especialmente para ela. Apesar de ter se tornado cidadã francesa (assim que se casou com o radialista francês Lucien Morisse, no início da década de 60) e de ter vivido até o fim de seus dias em Montmartre (bairro de Paris), Dalida jamais perdeu seu charmoso sotaque italiano, com destaque para a pronúncia da letra "r", que se tornou uma de suas principais marcas.</span><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span> Quanto à personagem Bianca Castafiore, trata-se de uma ítalo-belga que aparece várias vezes nas histórias em quadrinhos protagonizadas pelo repórter Tintin e seu fiel cãozinho, Milou. Talentosa cantora lírica, ela joga todo seu charme sobre o Capitão Haddock (que não se sente muito confortável com a situação). Eis mais um ponto em comum: O chame, que as três têm de sobra! </span></span>Outra coincidência é que as três já brilharam nas telas de cinema!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> O refrão cantado por Castafiore pertence à canção <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VK-DLHO6Btk" target="_blank">"Bambino"</a>, primeiro grande sucesso na voz de Dalida. Na verdade, trata-se de uma versão de Jacques Larue para a música italiana <a href="https://www.youtube.com/watch?v=P-wDKY1aVW4" target="_blank">"Guaglione"</a>, de </span><span style="text-align: left;">Nisa e G. Fanciulli. Se o leitor assistir a uma das apresentações de Dalida no YouTube, verá que Bianca está reproduzindo o gesto feito pela diva egípcia durante sua interpretação.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span> Imaginei que as três se encontrariam durante a década de 70, por isso, desenhei Sophia Loren e Dalida com suas respectivas aparências naquela época. </span><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span><span> Das três, a única que pertence ao nosso mundo é Sophia Loren, que está ativa em seus muito bem vividos 86 anos. Dalida, infelizmente, escolheu partir aos 54 anos de idade, em 1987... E Bianca Castafiore vive somente nas páginas e nas telas da tevê e do cinema.</span><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span><span> Na vida real, Sophia Loren e Dalida chegaram a se conhecer... Mas essa história fica para uma outra postagem.</span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><b>Carmem Toledo</b></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW07dtCP-TErOjrGaZ5B0gQOCj1HKLkbjZG8cR0BFWwliQKPswBKzNY5Adz3QaJO3XEASW8NFcMUcCWuYqhxmPwRWLfBHBf9KuXcIKlnEW72di4p833K6HU9r8lO4qmYerZWkqJ54qszM/s1762/20210801_065332.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1762" data-original-width="1762" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW07dtCP-TErOjrGaZ5B0gQOCj1HKLkbjZG8cR0BFWwliQKPswBKzNY5Adz3QaJO3XEASW8NFcMUcCWuYqhxmPwRWLfBHBf9KuXcIKlnEW72di4p833K6HU9r8lO4qmYerZWkqJ54qszM/w400-h400/20210801_065332.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span><span style="font-size: x-small;">Nesta charge, Sophia Loren observa Bianca Castafiore cantando o refrão de "Bambino", primeira canção a fazer sucesso na voz da cantora Dalida, que está do outro lado, tocando carinhosamente as costas de Castafiore.</span><br /><br /></span></td></tr></tbody></table><br /><div><br /><p></p><p><b>Conheçam meu blog dedicado à atriz Sophia Loren:</b> <a href="http://sophiaierioggidomani.blogspot.com" target="_blank">http://sophiaierioggidomani.blogspot.com</a></p><p><b><br /></b></p><p><b>Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" target="_blank">Dalida... À ma manière</a><br /><br /><br /><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?<br />Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.<br /><br /><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</p><p><br /></p><p><br /><br /><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:<br />Site oficial da cantora:</b> <a href="https://dalida.com/" target="_blank">https://dalida.com/</a><br /><b>Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea):</b> <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-69291677741963651062021-08-11T09:21:00.001-03:002021-08-11T10:02:44.113-03:00Desenho: O cantor e compositor Jacques Brel<p style="text-align: justify;"> <span> </span>Uma homenagem a um de meus compositores favoritos: o belga Jacques Brel.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;"><span> Famoso pelas canções "Ne me quitte pas", "Quand on n'a que l'amour", "La valse à mille temps", entre várias outras, Brel é um dos principais autores e intérpretes da música francófona. </span></p><p></p><br /><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQgf5lBt5m4BR90EEHQJHaXXEB3xp5jgu-QjMl1e0JtNY4XhRg9Pg_hoRWuvjIh6xkB4ZsXaBQtYDUcGyg5FduReacSgH1hkO3fPWYJo_dWI18X42TMFc88G3xm-lSHIR7wOIbnzq4yK8/s2048/Scanner_20210808.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1463" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQgf5lBt5m4BR90EEHQJHaXXEB3xp5jgu-QjMl1e0JtNY4XhRg9Pg_hoRWuvjIh6xkB4ZsXaBQtYDUcGyg5FduReacSgH1hkO3fPWYJo_dWI18X42TMFc88G3xm-lSHIR7wOIbnzq4yK8/w286-h400/Scanner_20210808.jpg" width="286" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Desenho feito a lápis por Carmem Toledo.</span></td></tr></tbody></table><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Carmem Toledo</b> </div></b><p></p><p style="text-align: justify;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><p></p><br /><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-44699410953570858812021-08-04T19:08:00.001-03:002022-08-26T12:24:29.410-03:00Tributo à cantora Dalida: "Love in Portofino"<span> </span>"Love in Portofino" foi um dos primeiros sucessos na voz de Dalida. Originalmente gravada em 1959, era apresentada por nossa diva ítalo-egípcia em interpretações intensas. Quando cantada ao vivo para plateias, até se podia perceber a tensão na respiração da jovem estrangeira que ainda se adaptava à fama e à cultura francesa.Igualmente, o público começava a se acostumar (e também a amar) aquele sotaque forte da moça que nascera e crescera em uma comunidade italiana em Shoubra, distrito do Cairo, Egito.<span><a name='more'></a></span> <span> </span>Sua pronúncia era marcada pela ênfase no "r" - falado "à l'italiana" - e em algumas vogais um pouco mais abertas, vez ou outra. Longe de ser um "defeito" ou um "erro", esta característica tornou-se um dos maiores charmes de Dalida, que manteve o sotaque durante toda sua carreira.<br /><span> </span>"Love in Portofino" é uma canção especial no repertório da artista, pois, além dos ares italianos da pronúncia, mistura três idiomas em sua letra: Inglês, italiano e francês. Sua qualidade é merecidamente reconhecida, tanto que foi regravada pelo tenor Andrea Bocelli em 2013, o que prova que a música é atemporal.<br /><span> </span>A letra pode ser interpretada de forma tristemente irônica se a relacionarmos à história de vida de Dalida, marcada por amores que não prosperaram. A canção fala sobre alguém que acredita em seus sonhos, com a convicção de que não haveria mais tristeza em seu caminho, depois de ter encontrado o amor na comuna de Portofino, no norte da Itália. Na segunda parte, faz-se referência ao casamento acompanhado pelo som do sino da igreja, que naquele tão esperado dia, fora ouvido não apenas em Portofino, mas também nas vilas vizinhas.<br /><span> </span>Enquanto isso, na época da gravação (1959), Dalida aguardava o sonhado casamento com Lucien Morisse, radialista e produtor. O problema é que ele era casado e, apesar de não viver mais com a esposa, prometia que iria se separar, mas não cumpria. Finalmente, Lucien se divorciou em 1961 e então, pôde firmar laços matrimoniais com Dalida. Entretanto, por sempre estar envolvido demais com o trabalho, o diretor da rádio Europe não dava a atenção devida à nova esposa, que logo conheceu um jovem ator e artista plástico chamado Jean Sobieski e se tornou sua amante. Assim, o casamento de Dalida chegou ao fim em poucos meses.<br /><span> </span>Dali em diante, foram vários relacionamentos finalizados rapidamente, por motivos relacionados ao excesso de trabalho, por diferenças de objetivos e os piores de todos: o suicídio (vejam o que já escrevi sobre seu relacionamento com o cantor e compositor Luigi Tenco) e uma gravidez indesejada interrompida por um aborto clandestino. O próprio Lucien Morisse, seu ex-marido, cometeria suicídio em 1970.<br /><span> </span>É triste constatar que o velho sino não cantou a felicidade para Dalida, que sonhava formar uma família. Entretanto, é doce assistir à sua interpretação cheia de esperança e juventude, pensando que, ao menos naquele momento em que cantava uma de suas primeiras canções, ela se sentia feliz.<br /><br /><span> </span>No vídeo a seguir, presto uma singela homenagem à eterna Dalida, cantando "Love in Portofino", música de J. Larue, F. Buscaglione e L. Chiosso gravada pela artista em 1959. Trata-se de uma performance de imitação, em que busco reproduzir seu gestual e, obviamente, seu marcante sotaque italiano na parte cantada em francês - algo que não pode faltar em uma interpretação de Dalida. Deixo claro, desde já, que não sou cantora profissional, tampouco nasci com o dom do canto, mas estou me esforçando para melhorar nesta arte, praticando-a com todo respeito à diva ítalo-egípcia, que é inimitável.<br /><span> </span>Aproveito para ressaltar que sotaques - de quaisquer origens - não são "errados", muito menos "feios". São marcas da oralidade que trazem consigo uma bagagem cultural e linguística. Todos os sotaques são belos - e nós, brasileiros, vivemos em um país onde isso pode ser comprovado diariamente.<br /><br /><b>Carmem Toledo</b><br /><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/">http://culturofagicamente.blogspot.com</a><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/iJ8GscMeJJg" title="YouTube video player" width="560"></iframe></a><br /><br /><br /><br /><br /><b>Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" target="_blank">Dalida... À ma manière</a><br /><br /><br /><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?<br />Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.<br /><br /><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.<br /><br /><br /><br /><br /><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:<br />Site oficial da cantora:</b> <a href="https://dalida.com/" target="_blank">https://dalida.com/</a><br /><b>Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea):</b> <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-61035325527086589202021-06-30T19:30:00.004-03:002023-05-17T15:32:32.386-03:00Tributo à cantora Dalida: "Pour ne pas vivre seul"<div style="text-align: justify;"> "Pour ne pas vivre seul" é uma das mais belas canções interpretadas por Dalida. Composta em 1972 por Sébastien Balasko e Daniel Fauré, a obra possui melodia e letra verdadeiramente tocantes. Nesta postagem, faço uma breve reflexão sobre a música e sua ideia central - a solidão - para, em seguida, apresentar ao público a declamação de minha tradução.</div><div style="text-align: justify;"><span> Desta vez, não dedico esta publicação apenas à eterna Dalida, mas também a todos que, para não viverem sós, amam como podem, não importando a forma. Sigamos sós, mas em companhia uns dos outros.</span><br /><span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span> Embora amada pelo público, pelos amigos e possuindo a companhia constante de seu irmão e produtor, Orlando (Bruno Gigliotti), bem como de Rosi, sua prima e confidente, Dalida sofria de uma terrível solidão que a conduzia ao excesso de trabalho como refúgio ou consolo. A artista realmente amava sua função e acreditava na missão que seu dom representava junto ao público, porém, ela se entregava aos compromissos profissionais para além da responsabilidade e dedicação típicas de uma cantora zelosa. Seria como se ela se voltasse para algo que lhe proporcionava prazer - colocar em prática seu dom - para tentar lidar com outros aspectos de sua vida pessoal que lhe causavam dor. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span> </span>Acho perigoso chamar esta atitude de "fuga", pois não se trata disso, uma vez que Dalida buscava o autoconhecimento através de terapia, leituras de obras de Filosofia e Psicologia, além do cultivo da espiritualidade. Particularmente, interpreto todas essas reflexões geradas por tais recursos como provas de empenho em enfrentar as situações. Penso que sejam mecanismos de investigação interior. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span> Entretanto, a transformação de um instrumento de amparo em um plano de evasão da realidade pode ser uma linha muito tênue e perigosa - para quem vive este processo e também para quem assiste a tudo e interpreta segundo as aparências. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span> </span>A letra da canção em questão, na minha opinião, traduz essa sutileza. Para não vivermos sós, esperamos a primavera porque este é um recurso de amparo ou para fugirmos das sensações proporcionadas pelas outras estações do ano? Creio que esta pergunta possa ser repetida em todas as frases da música, mas apenas alerto para que se tenha o cuidado de não pender totalmente para uma interpretação, pois, em alguns momentos, tal leitura prejudicaria o real sentido do texto, já que é nítido que em determinadas passagens os autores pretenderam mostrar uma realidade negligenciada (ou melhor, negada) por uma sociedade padronizadora, que impõe visões estereotipadas sobre o que é viver "em companhia", o que é "ter amigos" e o que é "família". </span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span> Penso que esta canção seja um hino às formas de amar, à diversidade e, acima de tudo, à solidão, que é nossa maior companheira, do nascimento à morte.</span><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span> A seguir, deixo aos leitores minha tradução e o vídeo onde declamo esta bela e forte letra. </span><br /></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span><br /></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span><b>Carmem Toledo</b></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span><span><span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2xlxsh3NenQ" title="YouTube video player" width="560"></iframe></a></span></span></span></span></div><div script=""><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /><br /></div><div style="text-align: center;"><i><b>Para não viver só</b></i></div><div style="text-align: center;">(<i>Pour ne pas vivre seul</i>, Sébastien Balasko/Daniel Fauré, 1972)</div><div style="text-align: center;">Tradução: Carmem Toledo</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Para não vivermos sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivemos com um cão</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivemos com rosas</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ou com uma cruz</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não vivermos sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Nós nos iludimos, gostamos de uma lembrança,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Uma sombra, não importa o quê</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não vivermos sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivemos pela primavera e quando a primavera morre,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Pela próxima primavera</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viver só</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu te amo e te espero para ter a ilusão</i></div><div style="text-align: center;"><i>De não viver só, de não viver só</i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viverem sós, garotas amam garotas</i></div><div style="text-align: center;"><i>E vemos rapazes casarem-se com rapazes</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viverem sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Outros fazem filhos, filhos que são sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Como todos os filhos</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viverem sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Fazem catedrais onde todos que são sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Se apegam a uma estrela</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viver só</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu te amo e te espero para ter a ilusão</i></div><div style="text-align: center;"><i>De não viver só</i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não vivermos sós, fazemos amigos</i></div><div style="text-align: center;"><i>E os reunimos quando vêm as noites de tédio</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivem pelo dinheiro, seus sonhos, seus palácios,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mas nunca fizeram um caixão com dois lugares</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não viver só</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu vivo com você, sou só com você, você é só comigo</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para não vivermos sós</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivemos como aqueles que querem se iludir</i></div><div style="text-align: center;"><i>De não viverem sós.</i></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="color: #1200b5; text-align: justify; text-decoration-line: none;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b><br /></b></div><div style="background-color: white; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?<br />Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.<br /><br /><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.</div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><b>Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div style="text-align: left;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" style="color: #1200b5; text-decoration-line: none;" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-43884374954535976242021-05-03T16:19:00.015-03:002021-08-18T10:50:09.469-03:00Tributo à cantora Dalida: Desenho<p><span> </span>Nesta postagem da série especial em homenagem à cantora franco-egípcia (descendente de italianos) Dalida, exponho um desenho feito com todo meu amor de fã incondicional a este ícone da música internacional. Também falo um pouco sobre sua triste partida, que hoje completa 34 anos.</p><p><span></span></p><a name='more'></a><span></span><p></p><p><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIN1CjcD0P_qcnl444f7PFHCCh3JROF5SRIwVkIgqfCB_K-blzlJponNSEmLkXkmXlbbWHV3hazx7eZsAPgTD4hYTcivz6RB4tToVyG4U2_MzFCX9J1-BKKKpIx90C83qj5nIi4aVB_2k/s2048/20210503_154503.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIN1CjcD0P_qcnl444f7PFHCCh3JROF5SRIwVkIgqfCB_K-blzlJponNSEmLkXkmXlbbWHV3hazx7eZsAPgTD4hYTcivz6RB4tToVyG4U2_MzFCX9J1-BKKKpIx90C83qj5nIi4aVB_2k/w300-h400/20210503_154503.jpg" width="300" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Desenho à lápis representando a cantora franco-egípcia Dalida.<br />Por Carmem Toledo.</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><span> </span>A expressão presente em meu desenho faz referência a uma de suas mais conhecidas canções, "À ma manière", de Pascal Sevran, Sylvain Lebel e Diane Juster, composta em 1977 e gravada originalmente por Ginette Reno. Dalida, por sua vez, gravou esta canção em 1980. A letra diz que cada um leva a vida à sua maneira e também revela este fato em primeira pessoa, quando a intérprete canta que deseja ser livre, sem leis e que, apesar da vida iludi-la, esta vale mais que uma canção ou a glória recebida através da fama. Uma das partes mais fortes é a estrofe que parece fazer uma espécie de "premonição" sobre a partida de Dalida:<div><br /></div><div><div style="text-align: center;"><i>Minha vida não é verdadeiramente minha vida</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ela é daqueles que me escolheram</i></div><div style="text-align: center;"><i>Às suas maneiras</i></div><div style="text-align: center;"><i>Deixando meu nome nas ruas,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Coloquei minha felicidade em segundo plano</i></div><div style="text-align: center;"><i>À minha maneira</i></div><div style="text-align: center;"><i>E na noite em que partirei, finalmente eu o farei</i></div><div style="text-align: center;"><i>À minha maneira</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu adoraria, no meu último pedido,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Dar adeus ao Sol</i></div><div style="text-align: center;"><i>À minha maneira</i></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Quando a letra diz "deixando meu nome nas ruas", temos uma referência indireta à fama da cantora, que, ao se dedicar ao trabalho artístico, doou-se aos fãs, tornando-se "Dalida" e deixando Iolanda (sua verdadeira identidade) oculta.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Infelizmente, ela decidiu partir na noite do dia 2 de maio de 1987, "à sua maneira": tomando uma alta dose de barbitúricos com whisky. Seu coração parou de bater por volta das 11h da manhã seguinte, no dia 3 de maio. O Sol ainda nasceu uma última vez para que Dalida pudesse lhe dar seu "adeus", ainda que inconscientemente. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>De fato, ainda que a canção não tenha sido originalmente gravada por Dalida (pois isto ocorreu anos depois da interpretação de Ginette Reno), ela assustadoramente parece contar a história dos últimos dias da cantora egípcia. Obviamente, esta análise traz consigo uma boa dose de liberdade poética sobre este sentimento doloroso e inimaginável que culminou no suicídio de Dalida. A arte permite apropriações que ultrapassam a teoria, chegando também às questões sensíveis inerentes ao ser humano e suas vivências pessoais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: start;"><b>Carmem Toledo</b></div><div style="text-align: start;"><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com</a></div><div style="text-align: start;"><br /></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><b>Assistam ao clipe oficial de "À ma manière" (canal Dalida Brasil):<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YtS3TP7W1a4" title="YouTube video player" width="560"></iframe></b> </div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><b style="text-align: justify;">Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b><span style="text-align: justify;"> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div><b><br /></b></div><div><b>Querem saber mais sobre a vida e a carreira da artista?<br />Acompanhem as outras postagens da série:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a>.<br /><br /><b>Leiam também a história da tragédia do Festival de San Remo em 1967, que envolveu diretamente a diva:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a>.<div><br /></div><div><br /></div><div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><p><br /></p></div></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1036207272488770709.post-82147988030555107942021-04-29T09:19:00.007-03:002022-08-26T12:14:17.213-03:00Tributo à cantora Dalida: "Bambino"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span> </span>Iniciando esta série especial em homenagem à cantora egípcia Dalida, apresento uma performance inspirada na interpretação original de "Bambino", gravada pela diva em 1956. Mais informações sobre ela podem ser lidas no breve texto que escrevi logo depois do vídeo. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QEBLO4kqoHI" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><br /><br /></div></div> <script async="" src="//www.instagram.com/embed.js"></script>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxI27nkpYk_j4cB7Bsi9JSFiWfxRknZqGGo4sa-LXKa_jX_S03mCmLv2JMcxcXMVu23kC1xxefy8Y-axFdQYEtTIX0cY2-ScfKOX6WpgNmDUBki9Ib_jrpLidJI4y-btMCkyvPVp7Usyk/s425/dalida-45tours-n3_fd956ba3e942de8796365c7826532ffb.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="425" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxI27nkpYk_j4cB7Bsi9JSFiWfxRknZqGGo4sa-LXKa_jX_S03mCmLv2JMcxcXMVu23kC1xxefy8Y-axFdQYEtTIX0cY2-ScfKOX6WpgNmDUBki9Ib_jrpLidJI4y-btMCkyvPVp7Usyk/w200-h200/dalida-45tours-n3_fd956ba3e942de8796365c7826532ffb.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Capa de um dos primeiros discos de Dalida,<br />"Mademoiselle Bambino", lançado pela Barclay em 1956.<br />Fonte da imagem: Site oficial de Dalida<br />(dalida.com)</span></td></tr></tbody></table><span> </span>Dalida é minha cantora preferida, pela força de sua interpretação, seu talento, carisma e versatilidade. Para homenageá-la, realizei a performance acima - uma dublagem da<span style="text-align: left;"> canção "Bambino", versão francesa de J. Larue para a canção napolitana <a href="https://youtu.be/P-wDKY1aVW4" target="_blank">"Guaglione"</a>, de autoria de Nisa/G. Fanciulli. Esta gravação foi feita, originalmente, em 1956 pela gravadora Barclay e foi a responsável por alçar Dalida à fama. Minha inspiração baseou-se em dois clipes da cantora: um gravado <a href="https://youtu.be/VK-DLHO6Btk" target="_blank">ao vivo</a> e outro <a href="https://youtu.be/tf-cDKuGsSA" target="_blank">em estúdio</a>. </span><span style="text-align: left;">A seguir, falarei um pouco sobre a vida desta importante intérprete da Música Internacional.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_5Wdnlmb3fmV9kwAV5gGxzSqhco7qFNARIabvhrnOrtqRfhMyS0oCJfj6U5ZKc7eAyr_RhPjsP8URv6G1TVbiyMvXJnCFNIZqFUzczNtZVrgcI6yyDIxTGVl09iRBVvdE-nMg-bYVJk/s1600/01.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="369" data-original-width="285" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_5Wdnlmb3fmV9kwAV5gGxzSqhco7qFNARIabvhrnOrtqRfhMyS0oCJfj6U5ZKc7eAyr_RhPjsP8URv6G1TVbiyMvXJnCFNIZqFUzczNtZVrgcI6yyDIxTGVl09iRBVvdE-nMg-bYVJk/s200/01.jpg" width="154" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;">Dalida na década de 50.<br />Fonte da imagem: Site oficial de Dalida<br />(dalida.com)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span> </span>Iolanda Cristina Gigliotti - "Dalida" - nasceu no dia 17 de janeiro de 1933 no Cairo. Neta de imigrantes italianos<span style="text-align: left;">, teve uma infância difícil em sua terra natal. S</span>eu pai, Pietro Gigliotti, um <span style="text-align: left;">excelente violinista e sua mãe, Filomena Giuseppina D'Alba, costureira, eram filhos de calabreses de Serrastretta que partiram para o Egito em busca de uma vida melhor.</span><span style="text-align: left;"> Logo na primeira infância, Dalida conheceu o sofrimento... Ainda bebê, foi acometida de uma grave infecção ocular que quase a cegou e, por um procedimento médico inadequado (que consistiu em usar uma venda nos olhos durante 40 dias), tornou-se estrábica. Por causa disso, passou por várias cirurgias durante a vida, já que o distúrbio sempre reaparecia. Desde cedo, precisou usar óculos com grossas lentes que motivavam humilhações por parte dos colegas na escola.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span> </span>Aos 7 anos de idade, Dalida viu seu pai ser arrancado de casa pelos guardas do Faraó. Pietro fora levado para um campo de prisioneiros estrangeiros e lá permaneceu por quatro anos. Giuseppina passou a costurar para fora para sustentar os filhos pequenos. O doce pai da pequena Iolanda e dos irmãos Orlando e Bruno retornou da prisão com graves alterações na personalidade, com muitos problemas psiquiátricos. Antes amável, ele então se tornara agressivo, tratando mal a todos. Dois anos mais tarde, faleceu em consequência de um acidente vascular cerebral. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span> </span>Ainda adolescente, a menina participou do concurso Miss Ondine, sem que a mãe soubesse. Ficou em 2º lugar e sua foto foi veiculada no jornal. Ao ver a filha em trajes de banho, Giuseppina ficou horrorizada! Como punição, cortou os cabelos de Iolanda.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span> </span>Em 1954, Dalida foi agraciada com o título de Miss Egito e começou a receber convites para atuar no cinema de seu país. Naquela época, seu nome artístico era Dalila (sugerido pelo cineasta Niazi Mustapha, que tomou como inspiração o famoso filme "Sansão e Dalila"). A partir de então, teve incentivos para tentar a sorte na França (o sonho dos artistas da época). E na Cidade Luz, Iolanda passaria a ser, de fato, iluminada! Ao se apresentar na casa de shows Villa D'Or, um dos frequentadores sugeriu que ela trocasse o nome artístico para Dalida, substituindo o "L" por "D" de Deus. Ela gostou da ideia e passou a ser chamada por este nome que a consagraria para sempre! Quem impulsionou sua carreira, depois disso, foram Bruno Coquatrix (dono do famoso Olympia), Eddie Barclay (dono da gravadora que levava seu sobrenome e que tornou célebres vários intérpretes mundiais) e Lucien Morisse (diretor da rádio Europe, que logo se tornaria seu primeiro marido). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span> </span>Dalida fez uma brilhante carreira como cantora na França, conquistando, em pouco tempo, sucesso mundial. </span><span>Seu repertório possui mais de 1000 canções interpretadas em 11 idiomas. Foi a primeira intérprete do mundo a receber o Disco de </span><span style="text-align: left;">Diamante (que foi criado especialmente para ela) e também uma das primeiras artistas a se engajar na causa LGBT. A cantora Maysa Matarazzo era fã incondicional de Dalida e até imitava muitos de seus trejeitos. Maysa gravou, inclusive, uma versão brasileira da canção "Paroles, Paroles" ("Palavras, Palavras"), ao lado do ator Raul Cortez. <span> </span>Originalmente, esta música foi gravada em italiano sob o título "Parole, Parole" por Mina e Alberto Lupo, mas alcançou maior sucesso mundial na versão francesa interpretada por Dalida e Alain Delon. </span></div><div><div><span style="text-align: justify;">Um dos traços mais marcantes de Dalida era seu forte sotaque italiano (principalmente, a pronúncia do "r"), que sempre esteve </span>presente em todas as suas interpretações.<br /><div>
<span> </span>I<span style="text-align: justify;">nfelizmente, Dalida cometeu suicídio em 3 de maio de 1987, em sua casa, no bairro de Montmartre (Paris). </span><span style="text-align: justify;">Entretanto, seu legado permanece vivo, inspirando artistas e amantes das artes por todo o mundo, rompendo barreiras linguísticas e culturais. </span><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Saiba mais detalhes sobre a vida pessoal e a carreira de Dalida nas próximas postagens desta série em homenagem a esta eterna diva da música internacional!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>Carmem Toledo </b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/" target="_blank">http://culturofagicamente.blogspot.com </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Acompanhem minhas performances em homenagem à cantora Dalida:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/p/dalida-ma-maniere.html" target="_blank">Dalida... À ma manière</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Vejam mais em:</b> <a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/search/label/Tributo%20a%20Dalida" target="_blank">Tributo a Dalida</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><b>Confiram também:</b> </span><a href="http://culturofagicamente.blogspot.com/2021/04/homenagem-ao-cantor-e-compositor-luigi.html" style="text-align: left;" target="_blank">Homenagem ao cantor e compositor Luigi Tenco</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Assistam à interpretação original da inigualável Dalida:</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VK-DLHO6Btk" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>
Algumas fontes recomendadas a quem deseja saber mais sobre Dalida:</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Site oficial da cantora: <a href="https://dalida.com/" target="_blank">https://dalida.com/</a></span></div><div style="text-align: left;">Blog brasileiro dedicado a Dalida (por Alexandre Korrea): <a href="http://dalidabrasil.blogspot.com/" target="_blank">http://dalidabrasil.blogspot.com/</a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>
</div></div></div></div><div class="blogger-post-footer">
Culturofagia
Carmem Toledo</div>Carmem Toledohttp://www.blogger.com/profile/13723073654808751972noreply@blogger.com